Autoridade da ONU em aviação civil visita Itaipu e conhece iniciativa para produção de SAF
O secretário-geral da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), Juan Carlos Salazar, e a diretora de Meio Ambiente, Jane Hupe, visitaram a usina de Itaipu, nesta quinta-feira (3), e conheceram a planta de produção de petróleo sintético a partir do biogás, com foco na fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF).
De acordo com Salazar, a OACI tem interesse em promover combustíveis limpos para aviação e a experiência da Itaipu e parceiros pode servir de exemplo e ser replicada em outras regiões do planeta.
“O que estamos vendo nesta planta é de grande interesse porque o problema principal que tentamos responder é como gerar combustíveis em países em desenvolvimento, em regiões apartadas, que podem ter matéria-prima – como a biomassa – mas não têm os mecanismos para produzir combustível”, disse.
“Então, ver uma planta como essa já funcionando, usando biomassa, e os processos tecnológicos para produzir combustíveis que podem ser utilizados na aviação é de grande importância, é revolucionário”, completou.
Instalada nas dependências da Itaipu, junto à Unidade de Demonstração de Biogás e Biometano, a Unidade de Produção de Hidrocarbonetos Renováveis é resultado de uma parceria entre a própria Itaipu, o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável – entre outros parceiros.
A respeito da hidrelétrica de Itaipu, Juan Carlos Salazar disse que a grandiosidade da instalação chamou a atenção, assim como os números de geração de energia. Mas não só. “O projeto como tal é incrível. Porém, ao mesmo tempo, a recuperação e a proteção do meio ambiente, e a sinergia entre desenvolvimento econômico e social de uma região, é algo que é um exemplo para o mundo”, elogiou.
A Organização da Aviação Civil Internacional é uma agência especializada das Nações Unidas (ONU), formada por mais de 190 países, com sede no Canadá, e tem, entre seus objetivos, observar a aplicação da Convenção de Chicago, que estabeleceu as bases do direito aeronáutico.