Compromisso com a sustentabilidade ambiental hoje pode mudar o amanhã

A preocupação com o impacto das mudanças climáticas na vida humana e em todo o meio ambiente não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente que afeta todos os atores da sociedade. Nesse cenário, um dos maiores desafios é o impacto do plástico convencional, presente em diversas etapas do setor produtivo: da indústria ao varejo, das prateleiras do supermercado às nossas casas. A boa notícia é que existem alternativas que podem substituir a utilidade deste material e mitigar o impacto negativo causado. Mas para dar certo, essas mudanças precisam começar agora.

O plástico convencional é amplamente utilizado devido ao seu baixo custo e versatilidade e atende a diversas necessidades. No entanto, seu impacto ambiental é devastador. Ele leva centenas de anos para se degradar, polui oceanos, solos e afeta a vida selvagem. De acordo com as Nações Unidas, apenas 9% de todo plástico produzido é reciclado a nível global e oito milhões de toneladas por ano vão parar nos oceanos. Dados da Fundação Ellen MacArthur indicam que, até 2050, haverá mais plástico que peixes nos oceanos, se a produção e o descarte inadequado continuarem no ritmo atual.

Além disso, a produção de plástico convencional é responsável por uma quantidade significativa de emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para as mudanças climáticas. Em diversos setores da cadeia produtiva, embalagens plásticas de uso único são o calcanhar de aquiles quando o assunto é sustentabilidade.

Diante disso, é crucial adotar alternativas mais sustentáveis ao plástico convencional. Os plásticos biodegradáveis mantêm a mesma funcionalidade e usabilidade, mas, dependendo da formulação, podem se biodegradar em até 20 meses. Assim, eles se reintegram à natureza e servem de alimentos para fungos e microorganismos – sem deixar resíduos tóxicos ou fragmentar-se em microplásticos. Além disso, reduzem as emissões de CO2 do plástico convencional em diferentes fases do seu ciclo de vida. Por isso, companhias em todo o mundo já estão adotando esses materiais em suas operações.

As mudanças que desejamos ver no futuro precisam começar hoje. Os sistemas de gestão de resíduos não são suficientes para fornecer respostas urgentes, por isso governos, empresas e consumidores devem unir esforços para promover a adoção de alternativas sustentáveis. Políticas públicas que incentivem a pesquisa e o desenvolvimento de bioplásticos e plásticos biodegradáveis são essenciais. Além disso, empresas precisam investir em inovação e reformular suas cadeias de produção para incorporar esses materiais.

Os consumidores também desempenham um papel crucial nessa transformação. Em uma pesquisa realizada pela La Vulca e Netquest, encomendada pela Bioelements, 60% dos consumidores entrevistados no Brasil têm um sentimento de culpa pela presença de plástico nos produtos, 72% gostariam de saber mais sobre o material utilizado nas embalagens e 85% gostariam de fazer mais. Mas, para isso, eles precisam ter acesso aos produtos biodegradáveis. Sendo assim, marcas que adotam práticas sustentáveis podem ter destaque e gerar um impacto significativo nessa mudança.

Existem alternativas viáveis que podem mitigar esse problema e promover a sustentabilidade. Adotar bioplásticos e plásticos biodegradáveis é uma das maneiras mais eficazes de reduzir a pegada ecológica e proteger o meio ambiente. A hora de agir é agora.

Adriana Giacomin é Country Manager Brasil na Bioelements, empresa especializada no desenvolvimento e produção de embalagens bioplásticas e biodegradáveis