Gangorra nas temperaturas: Construção Civil tenta garantir maior conforto térmico em apartamentos
O mês de agosto tem sido uma verdadeira gangorra de temperatura para quem mora no Paraná. Entre os dias 8 e 14, duas intensas massas de ar polar derrubaram as temperaturas em todas as regiões, deixando os termômetros com mínimas de até 5°C abaixo de zero. Mas a segunda quinzena do mês começou com termômetros acima dos 30°C, e a previsão para o próximo fim de semana é que as temperaturas despenquem novamente. Essa variação, que pode causar incômodos nas pessoas, em especial problemas respiratórios, pode ser amenizada nos ambientes residenciais, algo que a construção civil tem investido para garantir o conforto térmico nas residências.
Segundo o engenheiro Civil Maurício Wildner da Cunha, da Construtora Andrade Ribeiro, o conforto térmico é essencial para o bem-estar dos moradores, seja em cidades mais quentes, frias ou que tenham grande oscilação de temperatura. “Uma das características que um morador busca ao comprar um imóvel é o quão confortável ele pode ser no dia a dia, e isso inclui diferentes variáveis, como espaço interno ou externo, além da temperatura dentro do ambiente. Como um lugar de sua moradia, a pessoa precisa desse bem-estar”, afirmou.
Uma das medidas que a construção civil tem investido é a utilização de vidros insulados, em especial em apartamentos de alto padrão. O engenheiro explica que esses vidros garantem alto desempenho térmico. São compostos de duas lâminas separadas por uma câmara seca, que pode ser preenchida com ar seco ou gás argônio. A função desta câmara é impedir que, no verão, o calor externo aqueça o ambiente interno, e que, no inverno, o ar frio externo resfrie o ambiente interno.
A utilização desses itens também garante a demanda menor por ar-condicionado, uma vez que nesses ambientes serão os vidros os maiores agentes de transferência térmica entre o interior e o exterior das residências, explica Cunha. “A utilização conjugada dessas estruturas com os sistemas de ar-condicionado, principalmente os de baixa emissividade térmica, conhecidos comumente como low-e, propicia grande economia de energia elétrica para a climatização dos ambientes, além de garantir um excelente conforto térmico”, destacou o engenheiro.
Além disso, pela sua composição de lâminas de vidro e câmara seca, essas estruturas são responsáveis pela melhoria no desempenho acústico, outra questão fundamental no bem-estar do morador em seu ambiente residencial. “Isso ocorre principalmente se sua composição tiver ao menos uma lâmina de vidro laminado. Esses materiais também contribuem para ‘quebrar’ as ondas acústicas e diminuir os possíveis problemas de poluição sonora que o ambiente urbano pode gerar em um apartamento”, contou.
Natureza também ajuda
Outra forma de garantir melhor conforto térmico, não só no ambiente interno, mas também nos arredores dos edifícios e condomínios, é a preservação da natureza. Na opinião do engenheiro, ter área verde no mesmo terreno do condomínio e nas áreas próximas proporciona bem-estar aos moradores. Isso, junto com outras regiões arborizadas, permite a manutenção do meio ambiente nas imediações, algo que é uma demanda da sociedade. “Assim, há uma continuidade natural da área verde, que permite, além do desenvolvimento tanto da fauna quanto da flora, a diminuição dos efeitos da ilha de calor formada em grandes centros urbanos”, comentou.
Um exemplo dado pelo engenheiro é o edifício Seventy Upper Mansion, localizado no Ecoville, região que possui diversas áreas arborizadas mais bem preservadas na comparação com outros bairros de Curitiba. O edifício possui um bosque preservado junto à construção com cerca de 2,4 mil metros quadrados, o que traz ao morador a possibilidade de ter um espaço da natureza muito próximo aos apartamentos.
Além disso, o empreendimento conta com vidros insulados nas janelas, o que permite o conforto térmico dentro dos apartamentos e evita grandes oscilações de temperatura no dia a dia dos moradores.
“A combinação de um empreendimento que permite bem-estar dentro da estrutura e nos seus arredores faz com que os moradores possam ter em seu cotidiano momentos mais agradáveis dentro dessas mudanças bruscas de temperatura, ainda mais no inverno, quando a amplitude térmica pode ser grande”, disse Cunha.