Nesta semana, a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) mostrou suas consequências mais duras: 1.078 trabalhadores foram desligados, reduzindo o quadro da empresa em 53,5%. Para o deputado Requião Filho, Líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), esse é o resultado previsível de uma política que prioriza o lucro em detrimento do social.
“Está acontecendo o que sempre alertamos. A privatização da Copel foi vendida com promessas de melhorias, mas o que vemos são serviços deteriorados, preços subindo e trabalhadores sendo desligados. O povo paranaense é quem paga a conta.”
A gestão de Ratinho Júnior acelerou o processo de privatização iniciado no governo anterior, entregando a Copel ao mercado financeiro. O resultado? Uma empresa cada vez mais voltada para o lucro, com sucessivos Programas de Demissão Voluntária (PDVs) e terceirizações, enquanto a qualidade dos serviços prestados à população fica em segundo plano.
A venda da Copel Telecom foi o primeiro passo dessa transformação, prometendo competitividade, mas entregando monopólios privados. Em 2023, a Copel registrou um lucro líquido de R$ 22,2 bilhões, dos quais metade foi destinada aos acionistas. Para a Bancada de Oposição, esses números não justificam o preço que a população está pagando em termos de serviços mais caros e menos eficientes.
Com a perda de funcionários qualificados e o controle reduzido do governo estadual — agora detentor de apenas 15,9% das ações, enquanto o mercado financeiro controla 61,9% — o futuro da Copel é preocupante. “Os lucros vão para poucos, enquanto o povo arca com os prejuízos,” critica Requião Filho.