Operação Rondon: Reitor da Unicentro visita município de Goioxim

O reitor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Fábio Hernandes, esteve na quarta-feira (17), em Goioxim, município que recebe estudantes e professores da Unicentro e da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) para as atividades da Operação Rondon Paraná 2024.

“O que temos visto tem nos deixado muito felizes. As atividades mostram a dimensão do que é a Operação Rondon”, diz o reitor. “Nós vemos que a Operação Rondon é enriquecedora e abrange todos os públicos, todas as idades. São, realmente ações de transformação para os municípios”, contou o reitor.

A Operação, que começou no dia 5 de agosto e está na reta final, já alcançou mais de mil pessoas na cidade, com a realização de ações voltadas à saúde, cultura e educação. Entre as atividades estava uma oficina sobre animais peçonhentos e primeiros socorros, voltada aos trabalhadores da cidade que operam máquinas pesadas.

“Foi muito interessante. Era um grupo só de homens e conseguimos falar sobre esses animais que, às vezes, eles encontram no dia a dia. Falamos sobre os primeiros socorros que eles podem tomar em caso de algum acidente”, disse o professor Arthur Calheiros, do curso de Artes Visuais da UEPG.

O trabalho foi pensando para envolver públicos variados e a resposta foi positiva.

“Os idosos, os comerciantes e as crianças aderiram muito às nossas propostas. Os servidores do município também participaram e estavam muito engajados, principalmente nas trocas de experiências sobre temas como assistência da criança e do adolescente e violência contra a mulher”, esclareceu a professora Marina Pegoraro, do curso de Fisioterapia da Unicentro.

“Foram oportunidades de aplicar o conteúdo visto na teoria em um contexto diferente daquele ao que estamos acostumados. Vemos aqui outras realidades, outras necessidades, e isso é enriquecedor tanto para os nossos alunos quantos para nós professores”, compartilhou.

Experiências que, para os acadêmicos, têm sido valiosas.

“Conseguimos envolver tanto as crianças quanto os idosos. Está sendo muito bom aprender e compartilhar com eles. É claro que também está sendo um desafio, mas aprendemos todo dia e são coisas que vamos levar para sempre”, falou a estudante Emanuelle Rocetim, do curso de Letras Português da Unicentro, em Irati.

“Fizemos uma oficina com os agentes comunitários de saúde para a valorização desse profissional; também uma pequena oficina com as pessoas que estavam na unidade básica de saúde, na salinha de espera, sobre o armazenamento correto e utilização de medicamentos; e em todas essas atividades deu para conhecer a histórias bem bacanas”, conta o acadêmico do curso de Farmácia da UEPG, Victor Reina. “É uma experiência tanto profissional quanto pessoal de conhecer novas pessoas, novas realidades e levar um pouco do conhecimento da universidade para as pessoas”, completou.

Outra atividade, voltada aos pequenos, foi a exibição de um filme infantil. Jaqueline da Costa, moradora do município, compareceu com os filhos pequenos e aprovou a iniciativa da atividade. “Eu achei bem interessante, porque são coisas que não têm no município e isso ajuda as crianças a terem mais interação, além de conhecerem projetos diferentes”, disse.

Uma avaliação prévia, tendo em vista que a Operação Rondon Paraná chegou ao fim nesta sexta-feira (19), mostra que os objetivos da iniciativa foram positivos. “É uma sensação de dever cumprido e de felicidade”, explanou Sandra Ferreira, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

“Aquilo que foi idealizado com o governo do estado, com o nosso secretário de estado e com as coordenações das universidades está se encerrando com esse balanço positivo e o principal resultado dessas ações é a aproximação que foi feita com a população”, ressalta.

“Modificou a vida das pessoas das comunidades visitadas e também impactou na formação dos nossos estudantes. É um resultado, realmente, muito positivo”, complementou a pró-reitora de Extensão e Cultura da Unicentro, Lucélia de Souza.

Operação Rondon fazendo história – Essa é a segunda vez que o município de Goioxim recebe as equipes rondonistas. A primeira vez, lembra a moradora Paulina Bocalon, foi há aproximadamente 40 anos.

“Na época foi muito bom. Lembro que vieram psicólogos e médicos de Brasília”, recorda Paulina. “Era uma época em que nem conhecíamos profissões como essas, mas aproveitamos muito. Percebemos um reflexo muito positivo, por exemplo, na atitude nos pais junto às escolas. Eles começaram a participar mais da vida escolar. Lembro muito de como mudou esse envolvimento dos pais no ensino dos filhos”.

Para a moradora de Goioxim, a edição deste ano da Operação Rondon repete o sucesso que foi no passado. “Conversei assim com algumas mães e com as crianças e já percebo que eles estão cuidando mais da cidade, cuidando da limpeza, da higiene”, observa. “Toda a equipe que está aqui, está de parabéns. O trabalho realizado foi fantástico”, finalizou.

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