Artigo: O impacto das Deep Techs no agronegócio

O Brasil é uma das potências mundiais quando se fala em agronegócio. De acordo com dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2023, o país é o terceiro maior exportador mundial de produtos agropecuários, com cerca de USD 150,1 bilhões por ano, atrás apenas da União Europeia e Estados Unidos.

Para se manter em destaque diante do mercado global, o país tem apostado em inovação e tecnologias avançadas, principalmente as oferecidas pelas Deep Techs, startups baseadas em ciência complexa e tecnologia de fronteira, que vêm impulsionando e revolucionando o setor.

As inovações vão desde a Inteligência Artificial, IoT (Internet das Coisas, em tradução livre) e biotecnologia, sendo aplicadas em diversas áreas, da gestão de cultivos, controle de pragas à logística, proporcionando mais eficiência, sustentabilidade e produtividade.

Hoje, graças a essas tecnologias, por exemplo, é possível fazer um monitoramento em tempo real por meio de drones, que integrados a um sistema de dados trazem informações valiosas sobre o manejo agrícola, reduzindo também o uso de água, energia e produtos químicos, além de monitorar problemas com antecedência, auxiliando nas tomadas de decisão.

As Deep Techs também contribuem para a sustentabilidade a partir das tecnologias de rastreamento e monitoramento na cadeia de produção e do impacto ambiental, ajudando a reduzir os gases do efeito estufa, além de trazer mais transparência para os consumidores que conhecem a origem dos alimentos. Como consequência, novas oportunidades se abrem no mercado e isso impulsiona o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país.

Porém, apesar dos grandes avanços das Deep Techs no agronegócio nos últimos anos, ainda há desafios como a infraestrutura digital nas áreas rurais, além da qualificação técnica dos agricultores quanto a insumos e novas ferramentas de trabalho que impactam diretamente na capacidade produtiva no cenário local e macro.

Por fim, é preciso também haver um incentivo às parcerias, tanto públicas quanto privadas, para não ficarmos para trás na evolução tecnológica. Acredito que o futuro para o setor é promissor, porque com a inovação, o Brasil continuará crescendo e se consolidando como referência global em um agronegócio inteligente e sustentável.

Ana Calçado é CEO e presidente da Wylinka, organização sem fins lucrativos que transforma o conhecimento científico em soluções e negócios que melhoram o dia a dia das pessoas e fomentam o desenvolvimento econômico, social e sustentável do Brasil.

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Parceria entre Unicentro e prefeitura lança Hospital Escola Bloco Didático

A unidade, que está sendo construída na Cidade dos Lagos, será um espaço de formação prática para os estudantes do curso de Medicina

Dois marcos significativos para o desenvolvimento de Guarapuava foram lançados nesta semana: a construção da Clínica Escola de Saúde e a edição 2025 do Paraná Faz Ciência, maior evento de popularização científica do estado.

O Hospital Escola Bloco Didático, que está sendo construído na Cidade dos Lagos, é fruto de uma parceria entre a Unicentro e a Prefeitura de Guarapuava. A unidade será um espaço de formação prática para os estudantes do curso de Medicina, além de oferecer atendimento gratuito à população, ampliando o acesso à saúde e fortalecendo a qualidade da formação médica na região.

“Nossa gestão sempre estará de portas abertas para fortalecer as relações com as universidades. A Clínica Escola será um marco para Guarapuava, garantindo mais acesso à saúde e formando médicos mais capacitados”, destacou o prefeito Denilson Baitala durante o evento.

Já o Paraná Faz Ciência 2025 será realizado em Guarapuava entre os dias 29 de setembro e 3 de outubro, no Centro de Eventos da Cidade dos Lagos. A expectativa é de reunir cerca de 30 mil participantes, entre estudantes, professores, pesquisadores e comunidade em geral.

“É um orgulho para Guarapuava sediar o Paraná Faz Ciência. Durante uma semana, estaremos respirando ciência, tecnologia e inovação. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação estará de portas abertas para apoiar todo esse movimento que, com certeza, trará muito desenvolvimento para o nosso município”, afirmou a secretária Ana Cláudia de Andrade.

O Paraná Faz Ciência tem como missão aproximar a ciência da população, promovendo o interesse pela pesquisa e valorizando a educação científica. Guarapuava, com sua crescente infraestrutura educacional e tecnológica, consolida-se cada vez mais como um polo de inovação e conhecimento no estado.