Na última segunda-feira (25), ocorreu em Ribeirão Preto (SP), o lançamento do projeto “Genoma SUS” uma evolução do Programa Genomas do Paraná, que agora faz do Ministério da Saúde. O programa tem como objetivo desenvolver um banco de dados, a partir do genoma sequenciado de 21 mil brasileiros e, já conta com um investimento de 95 milhões do Governo Federal, que tem pretensão de estender-se pelos próximos três anos. O anúncio foi feito pela Ministra de Saúde, Nísia Trindade Lima, durante o lançamento do programa.

Integram o projeto, oito centros âncoras, responsáveis pela geração de dados e análises em larga escala em todo o Brasil. São eles: a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Nacional do Câncer (Inca), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de São Paulo (USP) e em Guarapuava a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e o Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec).

Para a ACIG, parceira do Ipec, essa integração do programa representa um grande avanço no desenvolvimento econômico e regional das pesquisas, no campo da saúde genômica e saúde de precisão, viabilizando uma participação direta dos pesquisadores de Guarapuava, no desenvolvimento de diagnósticos mais rápidos e precisos para a população brasileira.

Genomas Paraná

O programa Genomas Paraná teve início em 2022 e tem o objetivo de realizar um estudo de sequenciamento genético, com os moradores de Guarapuava e região, para entender como o estilo de vida dessas pessoas, pode influenciar nas doenças do futuro. Inicialmente o programa coletou dados de quase 5 mil guarapuavanos, que foram voluntários do projeto.

“Para nós é motivo de orgulho ver que um projeto que começou aqui no estado, hoje já é uma referência nacional. É levar Guarapuava para o Brasil, uma cidade que pensa à frente do seu tempo, e busca melhorar a qualidade de vida do seu povo, pontuou”, o presidente da ACIG, Claudinei Pereira.

O programa Genomas Paraná continua existindo, porém agora como parte integrante do Genomas SUS, e mesmo com a ampliação para o sistema Único de Saúde, as pesquisas continuam em Guarapuava.

O Genomas Paraná é a nossa contribuição inicial, saber que servimos como modelo, para um projeto que vai abranger a todos, nos mostra que a saúde pública cumpriu o seu papel, de ser agente transformador do ambiente e das pessoas, através de políticas públicas, afirmou, David Livingstone Alves Figueiredo, presidente do IPEC Guarapuava.