Paraná registrou, entre os anos de 2008 e 2023, alta de 115% no número de internações por infarto 

No ano de 2023, 1.416.655 óbitos foram registrados oficialmente pelo Serviço Nacional de Registro Civil Brasileiro. São mortes de naturezas distintas e, entre elas, estão os brasileiros que morreram vítimas de doenças cardiovasculares. Eles representam 30% do total de mortes no Brasil todos anos. São mais de 400 mil brasileiros vítimas das patologias que afetam o coração e/ou os vasos sanguíneos todos os anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Por dia, são pelo menos mil novas vítimas. o Paraná registrou, entre os anos de 2008 e 2023, alta de 115% no número de internações de pacientes com infarto. 

Mesmo com números tão alarmantes, 23% da população nunca foi a um cardiologista (cerca de 46 milhões de brasileiros). Estima-se que 6,8% da população brasileira (14 milhões de pessoas) tenha algum problema cardiovascular. Para o médico cardiologista do Pilar Hospital, José Carlos Tarastchuk, a mudança deste cenário começa pela prevenção. No caso, a realização de check-ups periódicos, além de visitas, no mínimo anuais, ao cardiologista.

“O grande benefício e importância do check-up cardiovascular está no fato de que ele pode identificar o risco cardiovascular do paciente. Isso é muito importante saber se o paciente tem um risco cardiovascular baixo, um risco cardiovascular intermediário ou elevado. Isso diz respeito ao risco do paciente ter eventos nos próximos anos”, alerta o especialista.

Paraná

Se os dados nacionais chamam a atenção, os números do estado do Paraná também são motivo de alerta para a saúde do coração. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostram que entre os anos de 2008 e 2023 a alta no número de internações de pacientes com infarto foi de 115%. Em números, em 2008 o estado registrou 4.600 internações. Já em 2023 esse número saltou para quase 10 mil.

Risco silencioso

A prevenção é o melhor remédio. Segundo o cardiologista, a prevenção deve ser prioridade, já que as doenças cardiovasculares, em muitos casos, podem ser assintomáticas e silenciosas. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, homens com mais de 45 anos de idade e mulheres chegando à menopausa precisam realizar check-up frequentemente.

Outra informação fica para as pessoas que têm históricos de problemas cardíacos na família. Esses indivíduos tem um risco maior de desenvolver problemas cardiovasculares ao longo da vida e a realização do check-up deve acontecer o mais cedo possível, de preferência já na infância.

“Durante um check-up cardiovascular nós podemos detectar se o paciente já tem uma lesão, um problema leve, que a gente chama subclínico, ou um problema já detectável clinicamente, tudo com o intuito de evitar um primeiro evento cardiovascular, ou seja, um infarto, uma angina, um AVC. O grande objetivo final do check-up cardiovascular é identificar”, concluiu o cardiologista.

Doenças cardiovasculares e os números que impressionam

·         Enquanto essa sugestão de pauta era escrita, 600 pessoas morreram do coração no Brasil;

·         De 1º de fevereiro de até 20 de fevereiro de 2024, mais de 22,5 mil brasileiros morreram do coração;

·         São mais de 1100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1,5 minutos (90 segundos);

·         As doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% dos óbitos no Brasil;

·         14 milhões de brasileiros têm algum problema cardiovascular; 

·         23% da população do país, ou seja mais de 46 milhões de brasileiros, nunca foi a um cardiologista;

·         400 mil cidadãos brasileiros morrerão por doenças do coração e da circulação neste ano.

·         No Paraná, o número de internações de pacientes com infarto saltou de 4.600 para mais de 10.000 de entre os anos de 2008 e 2023.

Os dados são do cardiômetro, ferramenta da Sociedade Brasileira de Cardiologia que considera cálculos estatísticos e dados oficiais sobre óbito
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