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A encenação da morte e ressurreição de Jesus retrata Campanha da Fraternidade 2018
O vento que é realizado há dezesseis anos em Guarapuava comoveu o público que lotou a Praça da Fé na sexta-feira Santa (30). A encenação contou a história de todo o caminho percorrido por Jesus Cristo até o dia da ressurreição, o domingo de Páscoa. Mesclando a violência vivida por Jesus e a violência nos dias atuais, a encenação mexeu com o coração dos guarapuavanos. O objetivo foi retratar o tema da Campanha da Fraternidade, proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: Superação da Violência. O espetáculo foi coordenado pela Diocese de Guarapuava, com a parceria da Prefeitura de Guarapuava.
Cerca de 200 atores amadores das 13 paróquias da cidade apresentaram ao público a vida, paixão e morte de Jesus. Alanna Helena Machado da Silva, 19 anos, participou pela Paróquia São Pedro e São Paulo. Para ela, é sempre uma emoção. “Já faz uns 8 ou 9 anos mais ou menos que atuo na Paixão de Cristo, porém por mais que já tenha experiência, cada ano a emoção é diferente. A sensação de estar no palco retratando uma história tão emocionante como esta é indescritível”, conta.
A peça contou com uma grande produção, foram utilizados efeitos de projeção, luzes e som, a encenação foi dividida em vários momentos, como a Via Sacra, na qual Jesus percorre as doze estações carregando a cruz. “A violência que Jesus sofreu continua e nosso objetivo é fazer as pessoas refletirem sobre isso. O que aconteceu ainda acontece hoje em todo o mundo”, explica diretor artístico do evento, Jeverson Dranski. A imagem da aparição de Jesus ressuscitado, pairando sobre o paredão da Praça da Fé, foi o ponto alto da noite, emocionando ainda mais os espectadores. Muitos não seguraram as lágrimas.
Drielle Strugal levou a família para assistir ao espetáculo. Emocionada, ela afirmou que a apresentação deste ano superou suas expectativas. “Eu sempre assisto as encenações, mas a deste ano foi espetacular, tudo foi emocionante, principalmente a parte da violência vivida atualmente, retratada com a presença de Jesus”, opina. Ela disse que o filho de 3 anos, Bernardo, assistiu tudo atentamente. “Ele já conhece a história e estava muito animado para vir assistir. Durante a apresentação, ele se emocionou, ficou com medo e, no final, muito encantado”, destaca Drielle. O espetáculo foi finalizado com uma chuva de fogos de artifício, fechando com chave de ouro mais uma apresentação da Paixão de Cristo.