SECULT abre credenciamento para apresentações no Teatro Municipal

O Teatro Municipal Marina Karam Primak abrirá, na próxima terça-feira (26), as inscrições para o credenciamento de propostas culturais que desejam utilizar o espaço durante o ano de 2024. O edital da Secretaria Municipal de Cultura (SECULT) estabelece que o período de inscrição começa no dia 26 de dezembro e vai até o dia 26 de janeiro de 2024.

“O nosso Teatro Municipal é um espaço pensado para dar as condições necessárias para diversas categorias de eventos. É um espaço para os artistas de Guarapuava mostrarem seus projetos. A SECULT encoraja que esse espaço seja ocupado por essa classe, os talentos precisam ser mostrados”, ressaltou Rita Felchak, secretária de Cultura de Guarapuava

A seleção das propostas seguirá critérios como prioridade para eventos de teatro, música, dança, artes visuais e outras linguagens artístico-culturais. A ordem de chegada das propostas também será um fator considerado.

As inscrições podem ser feitas pela internet. Os proponentes devem acessar o site oficial da Prefeitura de Guarapuava, no link Guarapuava Digital > Protocolo Web > Emissão de Protocolo. O assunto a ser selecionado é “CULTURA”, e o subassunto é “CREDENCIAMENTO DE NOVAS PROPOSTAS TEATRO MUNICIPAL MARINA KARAM PRIMAK”. Os documentos necessários, como a ficha de inscrição, devem ser anexados à plataforma.

Para facilitar o processo de inscrição, a Secult disponibilizou um tutorial. Os interessados poderão acessar no link que está na bio do Instagram da Secretaria de Cultura.

Os resultados serão anunciados até as 23h59 do dia 2 de fevereiro de 2024, por meio de boletim oficial e na aba específica do Teatro no SITE oficial da Prefeitura Municipal de Guarapuava.

Expectativas para 2024

O Teatro Municipal Marina Karam Primak é frequentado por uma média de 50 mil pessoas anualmente, entre artistas, público e equipe.

“Com a aprovação dos projetos da Lei Paulo Gustavo e a chegada da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, além dos projetos propostos pela administração, a Secretaria Municipal de Cultura prevê que esse número dobre em 2024”, informa Gabriela Oliveira, assessora cultural e coordenadora do Teatro.

Para acessar o edital completo, clique AQUI. Os demais anexos também estão no site da prefeitura.

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Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.