Depois de algum tempo morando em Guarapuava, Enedi precisou sair da sua área de atuação profissional, e acabou indo trabalhar no comércio, porém nem de longe era uma atividade que fazia seus olhos brilharem, mas era o que tinha, assim ela nos conta.
Até que, no início da pandemia, todas as lojas físicas fecharam as portas, mas como ela atendia em casa e apenas uma pessoa por vez, pôde continuar trabalhando e foi quando o seu faturamento foi considerado por ela “extraordinário.”
Nessa mesma época, uma outra realidade chamou a atenção de Enedi, a inadimplência, que segundo ela, a deixou muito nervosa e questionando-se, porque as pessoas compravam se não teriam como pagar? Ela notou que havia algo muito maior por trás daquilo e ao tentar compreender, acabou ouvindo falar sobre comportamento financeiro.
Em março de 2020 Enedi iniciou a formação e especialização em educação financeira e comportamental.
Foi aí que entendi que o grande vilão das minhas clientes não era a falta de dinheiro e nem de caráter e sim a falta de autoconhecimento financeiro
Enedi realiza consultorias onde ajuda pessoas a saírem das dívidas e a se organizar financeiramente. O workshop foi realizado tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas. Nas empresas ela tem atuado na educação financeira dos colaboradores, segundo ela as dividas tiram a concentração e deixam as pessoas mais dispersas.
Colaboradores desorganizados são funcionários desorganizados. Funcionários endividados, são funcionários dispersos
No workshop, ela abordou desde os princípios e pilares da educação financeira, até como se livrar das dívidas e não voltar a cair nelas. Enedi conta que em primeiro momento o maior objetivo foi trazer clareza, de como está a vida financeira de cada participante e os principais motivos pelos quais chegou à essa situação. Em um segundo momento foi evidenciar que é possível sair das dívidas, ter uma vida tranquila é ensinar um passo a passo para que consigam isso.
Os problemas financeiros não afetam apenas o bolso das pessoas, afetam todas as áreas de suas vidas. Principalmente o lado emocional, pois uma pessoa endividada não consegue dormir, não consegue se concentrar, perde o foco no trabalho, tem dificuldades nos relacionamentos, sofre de ansiedade, depressão e em casos mais extremos chega até ao suicídio.
Em pesquisa apresentada recentemente pelo Instituto de Epidemiologia dos Estados Unidos, a conclusão foi que as pessoas com problemas financeiros têm 20 vezes mais pensamentos suicidas do que as pessoas que não tem problemas financeiros. Foram entrevistadas mais de 10.000 pessoas.
“E é para ajudar essas pessoas que me especializei em Finanças Comportamentais, para que elas entendam que sua vida vale muito mais do que qualquer dívida!” Finaliza Enedi Lozeckyi Educadora Financeira.
Redação – Marionita Gonçalves Dias