Aprovado projeto que inclui peixe na merenda escolar avança na Alep

Projeto de lei que dispõe sobre a inclusão de carne de peixe no cardápio da merenda escolar da rede pública estadual de ensino, foi aprovado, nessa semana, pelos membros da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

O objetivo da iniciativa, de autoria do deputado Luiz Fernando Guerra (União), é diversificar os produtos servidos aos estudantes, levando mais qualidade à merenda. Luiz Fernando Guerra, autor do projeto, reforça a importância de uma alimentação variada e completa para os jovens.

“O peixe é um alimento com alto valor nutritivo e considerado de boa digestibilidade. Além disso, um dos princípios da alimentação saudável e adequada é a variedade de produtos e precisamos enxergar que nem todas as famílias tem o costume ou acesso à pescados semanalmente. Então enriquecer e diversificar a alimentação é cuidar da saúde dos nossos mais de 928 mil alunos do nosso estado”, destacou.

A inclusão de peixe na merenda escolar também deve contribuir significativamente para o desenvolvimento da psicultura no estado (criação de peixes em fazendas aquáticas) e, portanto, trazer grandes benefícios para a economia e a comunidade paranaense. O Projeto de Lei já foi aprovado na CCJ e na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Paraná e nos próximos dias deve seguir para votação em plenário.

A proposta de Luiz Fernando Guerra estipula que a carne de peixe deve ser servida ao menos uma vez por semana, respeitada a cultura alimentar e o perfil epidemiológico da população atendida.

No Paraná, a criação comercial de tilápias acontece em 363 dos 399 municípios. Nova Aurora, no oeste do estado, conta com pouco mais de 10 mil habitantes, e é a líder no ranking de produção, representando 13,82% do total. Em 2022, a negociação de tilápia paranaense aconteceu com 34 países.

Produção recorde

Somente no ano passado foram cultivadas 860.355 toneladas de peixes no Brasil, com receita de cerca de R$ 9 bilhões, de acordo com o levantamento do “Anuário 2023 Peixe BR da Piscicultura”.

O crescimento no ano passado foi de 2,3%, sobre as 841.005 toneladas de 2021. Essa produção está espalhada por 26 estados, além do Distrito Federal. O Paraná é o estado campeão no ranking de produção, com 194 mil toneladas.

Com mais de 34% do volume total de tilápias do país, o Paraná tem o título de estado que mais produz o pescado no Brasil. Em 2022 os paranaenses cultivaram 187.800 toneladas da espécie, 3,2% a mais do que no ano anterior.

Com isso, a Região Sul aparece bem na frente no ranking, somando 239.300 toneladas (43,5%). A segunda posição no cultivo nacional de tilápia fica com São Paulo, que produziu 77.300 toneladas em 2022 e teve aumento de 1,5% sobre o volume de 2021.

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Região de Guarapuava registrou 5,3 mil admissões em fevereiro, aponta Caged

Brasil registrou 89.584 admissões de trabalhadores temporários em fevereiro, com destaque para o setor de serviços

 

A região de Guarapuava registrou 5.365 admissões em fevereiro, de acordo com dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. No período, foram 4.466 demissões e saldo positivo de 899 empregos formais na região.

No cenário nacional, o saldo de empregos foi de 431.995 postos de trabalho, resultado de 2.579.192 contratações e 2.147.197 demissões.

Perfil dos contratados e setores em destaque

A maior parte dos trabalhadores admitidos na região tem ensino médio completo (58,62%) e idade entre 18 a 24 anos (30,75%). Em relação ao gênero, 42,42% dos contratados eram mulheres, enquanto os homens representaram 57,58% das admissões.

Entre os setores que mais impulsionaram a geração de empregos na região, serviços liderou com 32,81% das contratações, seguido por comércio, que respondeu por 30,81% dos novos postos de trabalho.

Entre as cidades da região, Guarapuava registrou o maior número de admissões no período, com 2.872 novos contratos. Na sequência, aparecem Palmeirinha (428) e Prudentópolis (418). Em contrapartida, Guarapuava também liderou em número de desligamentos, com 2.574 demissões, seguida por Palmeirinha (386) e Prudentópolis (332).

Cresce contratação de trabalhadores temporários

O levantamento do Caged também aponta que o Brasil registrou 89.584 admissões de trabalhadores temporários em fevereiro, com destaque para o setor de serviços, que foi responsável por 88.704 dessas contratações. Dentro desse segmento, as áreas de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas concentraram a maior parte das admissões. No Paraná, foram 11.003 contratações na modalidade.

Segundo o gerente da Employer Recursos Humanos em Guarapuava, Jefer Caldas, o trabalho temporário tem desempenhado um papel fundamental na inserção de jovens no mercado de trabalho, especialmente para aqueles que buscam o primeiro emprego.

“O trabalho temporário é uma porta de entrada para jovens talentos sem experiência profissional. Além de oferecer uma primeira vivência no mercado, também possibilita capacitação prática e, muitas vezes, abre caminho para uma efetivação”, afirmou.

Municípios da região

Os municípios da região são Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Guamiranga, Guarapuava, Inácio Martins, Laranjal, Mato Rico, Nova Tebas, Palmeirinha, Palmital, Pinhão, Pitanga, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu, Santa Maria do Oeste e Turvo.

Direitos do Trabalhador Temporário   

Na modalidade temporária, o trabalhador tem anotação em carteira e os direitos assegurados pela legislação 6.019/1974. Dentre os direitos, estão inclusos pagamento de horas extras, descanso semanal remunerado, 13° salário e férias proporcionais ao período trabalhado. Ele recebe 8% dos seus proventos a título de FGTS e o período como temporário conta como contribuição para a aposentadoria.

Vale ressaltar que na legislação, o trabalhador temporário pode ser contratado por até 180 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais até 90 dias. A efetivação pode acontecer a qualquer momento desse período. Junto à Previdência, o trabalhador temporário também tem todos os direitos garantidos, desde que se respeite a carência mínima exigida para o pagamento dos benefícios.