Força de trabalho feminina se destaca no programa Rede Elétrica Inteligente da Copel

O trabalho de instalação de medidores digitais inteligentes da Copel na Região Metropolitana de Curitiba tem ampla participação de mulheres. Elas estão vencendo a barreira de ocupar uma função profissional predominantemente masculina, acostumada até a termos como “marido de aluguel”, conquistando novos espaços no mercado de trabalho.

O projeto tem três mulheres atuando como eletricistas em campo e uma quarta colega em treinamento, além de gestoras nas áreas de recursos humanos, finanças e administração, e uma profissional responsável pelo controle de estoque.

Os medidores inteligentes representam o futuro do setor de energia elétrica, pois são peças-chave para a transformação dos centros urbanos em smart cities, ou cidades inteligentes. Com o novo sistema, a leitura de consumo passa a ser remota, o que facilita o controle de toda a rede elétrica, desde a subestação até o consumidor final.

Em Araucária, a dupla Ester Damasceno Ribeiro e Luiza Wilyane Kirka visita os imóveis para fazer a substituição do medidor de energia convencional pela novidade, capaz de enviar as informações de consumo do cliente e sobre a qualidade do fornecimento diretamente para a Copel.

As duas já haviam trabalhado na primeira fase do programa, em União da Vitória, no Sul. Luiza tinha formação e experiência na área quando veio de Santa Catarina para trabalhar no Paraná. Já Ester se interessou pela atividade ao acompanhar as oportunidades que se abriram para o marido, quando ele ingressou no projeto.

“Meu esposo começou primeiro e vimos que era uma oportunidade muito boa para dar um futuro bom para nosso filho de dois anos. Assim eu comecei a fazer cursos para ingressar na área”, disse Luiza.

As eletricistas dizem que os casos de preconceito são minoria, mas que ainda existem. Luiza conta que, em alguns casos, a desconfiança só diminui depois que a pessoa vê o serviço sendo executado.

“Tem gente que duvida, pergunta se a gente fez curso, e fica ali em volta para ver se vai dar certo, se não vai dar nenhum curto-circuito. Mas na maior parte dos casos, felizmente, temos um apoio grande. As pessoas estão se acostumando com essa transformação”, complementou.

Ester concorda que a surpresa é mais frequentemente positiva. “A gente fica muito feliz, porque muitas pessoas enxergam a representatividade feminina. Estamos cada vez mais conseguindo trabalhos em lugares importantes, e essa é uma conquista pra todas nós”, avaliou.

As duas comentam com orgulho o apoio que receberam dos familiares e amigos para ingressar em uma carreira técnica. “Meu pai e minha mãe estão muito orgulhosos do meu trabalho, meus amigos também”, acrescentou.

Para a gerente administrativa da empresa Eleng, contratada pela Copel para executar a expansão da Rede Elétrica Inteligente, a presença das mulheres nas atividades de campo tem sido motivo de orgulho. Karine Bertoncello explica que infelizmente ainda há relatos de empresas que não contratam mulheres como eletricistas.

“Existe um preconceito no mercado. Mas para nós não há diferenciação, basta a pessoa ter o conhecimento e estar disposta a trabalhar. As meninas estão se saindo muito bem”, elogiou.

Rede Elétrica Inteligente – A primeira fase do Programa Rede Elétrica Inteligente começou em 2021 e já instalou mais de 430 mil equipamentos em 73 cidades das regiões Centro-Sul, Sudoeste e Oeste do Paraná, em um investimento de R$ 252 milhões, com benefício direto a 1,5 milhão de paranaenses. O investimento total da Copel em todas as fases do programa será de R$ 820 milhões.

Com a Rede Elétrica Inteligente, o consumidor passa a ter autonomia para monitorar o seu uso de energia por meio do aplicativo da Copel para celular. O consumidor com o serviço ativo que consultar a função “Rede Elétrica Inteligente” na aba “Serviços” do aplicativo Copel vai encontrar dados da fatura em andamento, com o registro detalhado de quilowatt-hora (kWh) consumido por dia e também o acumulado mês a mês.

Sem Preconceito – O combate ao preconceito de gênero e a oferta de condições iguais para homens e mulheres são definidos pela ONU como um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados até 2030. A Copel é signatária do Pacto Global e tem trabalhado em diversas frentes por avanços nos desafios postos pelo ODS 5 – Igualdade de Gênero.

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