AME começa a atender população de 20 municípios da região de Guarapuava

Nesta quarta-feira (11), o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) começou a funcionar, e mais de 100 pessoas, de Guarapuava e de outros 19 municípios, se apresentaram para consultas neste primeiro dia de funcionamento da instituição de saúde.

Para o presidente do Consórcio Intergestores de Saúde da 5ª Região, prefeito de Guarapuava Celso Góes, o funcionamento do AME representa uma grande vitória para todos os municípios que fazem parte do grupo de saúde. “Nossa região, pela grande extensão que tem, precisa destes serviços. Nossa população merece esses cuidados que passamos a oferecer a partir de hoje, com o início das atividades do Ambulatório Médico de Especialidades. Eu me sinto feliz com essa conquista”, declarou Celso Goes.

A diretora executiva do CIS5, Maria José Mandu Ribeiro Ribas, destacou a importância do AME para a população da região e pontuou que os serviços oferecidos vão se somar aos atendimentos do SAMU-Regional, que iniciou suas atividades em janeiro de 2022.

“O novo Consórcio de Saúde iniciou suas atividades com a implantação do SAMU-Regional em janeiro de 2022 e hoje estamos abrindo o AME, que é nosso Ambulatório Médico de Especialidades, para os 20 municípios da 5ª Regional de Saúde. Mais de 100 pacientes serão atendidos, mas este número vai aumentar, gradativamente, pois alguns municípios ainda estão de recesso de fim de ano, ou férias coletivas”, explicou Maria José.

No total, serão atendidas cerca de 15 mil pessoas por mês na área de cobertura do AME. O objetivo é fazer com que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) recebam atenção especializada em diversas áreas, sem se deslocar para lugares distantes. Os atendimentos devem aumentar gradativamente nos próximos dias, trazendo benefícios para a população. Com 140 salas, o local tem capacidade para acolher de 500 a 700 pessoas por dia.

Atendimentos – Para ser atendido, o paciente precisará ser encaminhado pelos Postos de Saúde, a partir de consulta médica nas unidades mais próximas de sua casa. Quem faz o encaminhamento, é a Secretaria de Saúde de seu município, por meio de agendamento, que identifica a característica da necessidade e, em seguida, direciona a pessoa para o AME.

Especialidades – Oftalmologia, dermatologia, angiologia, cirurgia geral, neuropediatria, otorrinolaringologia, ortopedia, gastroenterologia, nefrologia, cardiologia, endocrinologia, geriatria, ortopedia e traumatologia, ginecologia obstetrícia, urologia, anestesiologia e pediatria de alto risco, serão as especialidades oferecidas pelo AME. A implantação desses serviços será gradativa.

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Síndrome mão-pé-boca: Pequeno Príncipe informa tudo o que você precisa saber

Maior e mais completo hospital pediátrico do país esclarece as principais dúvidas sobre a doença, que é considerada comum durante a infância 

Diferentes cidades do país têm registrado aumento de casos da síndrome mão-pé-boca. Mesmo sendo considerada comum na infância, a doença – causada pelo vírus Coxsackie – é contagiosa e causa feridas na mucosa da boca e pequenas bolhas nas mãos e nos pés.

Por isso, o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil, responde às principais dúvidas sobre a síndrome e dá recomendações de prevenção.

Como acontece o contágio?

A transmissão da síndrome mão-pé-boca ocorre quando a criança entra em contato com pessoas contaminadas ou com as fezes delas, saliva e outras secreções. A contaminação também pode acontecer por alimentos e objetos que estejam com o vírus.

A doença é comum em bebês e crianças de até 5 anos de idade, mas se pode contrair o vírus com qualquer idade. Por isso, é fundamental manter cuidados básicos de higiene e ficar atento se alguém próximo estiver com o vírus.

Quais são os sintomas?

Entre os sintomas mais comuns da doença estão: manchas vermelhas na boca, amígdalas e faringe; bolhas doloridas na palma das mãos e na planta dos pés; febre alta; falta de apetite; dor de garganta e dificuldade para engolir; mal-estar, vômitos e diarreia; aumento da salivação; coriza e sensibilidade ou dor ao tocar mãos e pés.

Em alguns casos pode ocorrer desidratação e hipoglicemia, porque a criança tem dificuldade de ingerir líquidos e alimentos. Infecção secundária das pequenas bolhas também pode surgir, com o aparecimento de pus. Em casos raros, o vírus pode causar inflamação no coração (miocardite) e no cérebro (encefalite).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. O pediatra também pode pedir exames de fezes e de sorologia, que podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da infecção.

Tratamento para a síndrome mão-pé-boca

Por ser viral, a síndrome mão-pé-boca regride depois de alguns dias – e o tratamento, na maior parte dos casos, tem a finalidade de amenizar os sintomas. É possível que o pediatra receite medicamentos, como antitérmicos e anti-inflamatórios, para diminuir as dores e o desconforto da criança.

“Também é importante que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem. Além disso, é necessário manter bons hábitos de higiene, pois essa é uma doença altamente contagiosa”, reforça o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Pequeno Príncipe.

Prevenção

A prevenção da doença envolve medidas simples de higiene como:

  • lavar as mãos com frequência, especialmente após trocar fraldas, usar o banheiro ou antes das refeições;
  • evitar o compartilhamento de objetos pessoais como talheres, copos e brinquedos;
  • manter ambientes limpos e arejados;
  • não levar as crianças infectadas pelo vírus para creches ou escolas durante o período de contágio da doença.

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil. Há mais de cem anos, a instituição filantrópica e sem fins lucrativos oferece assistência hospitalar humanizada e de alta qualidade a crianças e adolescentes de todo o país. Referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, realiza transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea, além de atender em 47 especialidades pediátricas com equipes multiprofissionais.

Com 369 leitos, sendo 76 de UTI, o Hospital promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, foram realizados cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. Reconhecido como hospital de ensino desde a década de 1970, já formou mais de dois mil especialistas em diferentes áreas da pediatria.