Vereadores aprovam vencimento mensal para Técnicos e Auxiliares de Saúde Bucal

Em sessão de reposição, realizada nessa quinta-feira (17), os vereadores votaram e aprovaram, em primeira e segunda discussões, o projeto de lei do Executivo que estabelece vencimento inicial mensal para os cargos de Técnico de Saúde Bucal e Auxiliar de Saúde Bucal.

A medida foi concretizada diante da necessidade de regulamentação do trabalho, devidamente reivindicada pela categoria. “As atividades destes profissionais são de grande relevância no cotidiano do atendimento odontológico nas Unidades de Saúde”, destaca a proposição.

A saber, o Técnico de Saúde Bucal envolve-se com procedimentos simples durante o atendimento, e o Auxiliar desempenha tarefas em relação à recepção de pacientes, preparação de documentos, assepsia do ambiente e esterilização dos instrumentos, por exemplo. Ambos atuam em equipe juntamente com o cirurgião dentista, contribuindo com a promoção da saúde dos pacientes.

Os dois cargos terão remuneração para carga horária semanal de 40 horas, sendo o vencimento para Auxiliar de Saúde Bucal no valor de R$2.375,00, e para Técnico de Saúde Bucal no valor de R$3.325,00 a partir de 01 de novembro de 2022.

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Diálogo, fé e política: as rodas de formação de Dr. Antenor pelo interior do Paraná

A cena se repete, com variações, mais frequentemente em Guarapuava, mas também em outros diferentes pontos do estado

Nas estradas e bairros do interior do Paraná, entre uma casa de madeira no alto de um morro e uma sala modesta nos fundos de uma associação de moradores, um grupo de pessoas se reúne. O cheiro de café recém-passado e os risos de uma roda de chimarrão se misturam ao som de um violão, que dedilha uma canção popular, enquanto vozes trocam ideias sobre política, cidadania e fé. No centro da roda, com fala pausada e olhos atentos, está o deputado estadual Dr. Antenor — médico por formação, militante por vocação e, sobretudo, educador político por insistência.

A cena se repete, com variações, mais frequentemente em Guarapuava, mas também em outros diferentes pontos do estado. Nos quatro primeiros meses deste ano, foram mais de 20 encontros de formação política organizados por Dr. Antenor em comunidades espalhadas pelo Paraná. Ele não leva comitiva, palanque ou holofotes. Leva perguntas e escuta atenta.

Nas rodas formadas por agricultores, jovens, donas de casa e trabalhadores, há sempre espaço para a música e para a leitura bíblica — um fio de espiritualidade que une e fortalece.

Para Dr. Antenor, a política se faz com o pé no chão da comunidade e o olhar no horizonte da democracia. “A formação política tem sido uma das prioridades na nossa ação, pois é através da organização partidária que podemos ampliar e qualificar a nossa força”, explica. E completa: “É fundamental que cada cidadão compreenda a importância de sua participação na política. Quando todos nós entendemos nossos direitos e deveres, e nos envolvemos de forma crítica e ativa, conseguimos construir uma sociedade mais democrática.”

Além de apresentar temas relacionados ao funcionamento da política e ao papel da Assembleia Legislativa, o parlamentar busca tornar os encontros mais acessíveis e participativos. “A política não pode ser uma coisa chata, de um falando e os outros ouvindo. A política é troca, é diálogo, é construção conjunta”, disse.

Inspirado pela pedagogia de Paulo Freire, Dr. Antenor adota uma abordagem dialógica nas formações. “Sou Freireano, penso na educação como uma prática de formação política capaz de preparar as pessoas para uma participação democrática verdadeira, com o exercício crítico da cidadania. Por isso resgato as premissas da ação dialógica e a pedagogia política proposta pelo nosso grande Paulo Freire”, explicou.

Numa época em que a política institucional parece distante, quase inatingível, a proposta de Dr. Antenor é um retorno ao básico: reunir pessoas, ouvir suas histórias, provocar reflexões. Não com promessas, mas com perguntas. Não com slogans, mas com diálogo.

Para ele, isso explica o porquê desses encontros seguirem acontecendo, de cidade em cidade, de bairro em bairro: porque ali, na sala de uma casa simples ou no barracão comunitário, a política volta a ser aquilo que ela deveria ser — uma prática de construção coletiva da vida comum.