Energisa acompanha expansão e desenvolvimento de Guarapuava 

A expansão de Guarapuava é perceptível pela quantidade de novos empreendimentos a cada ano. Em um ano, foram mais de 2,1 mil novas ligações de energia elétrica nessas regiões, proporcionando conforto, mobilidade tecnológica e segurança para clientes residenciais, comerciais, industriais e rurais.   

De acordo com o gerente de Serviços Comerciais da Energisa Sul-Sudeste, Dalessandro Luis Mafei, uma vez que a energia elétrica é indispensável para o cotidiano das pessoas, a concessionária tem papel fundamental no desenvolvimento das cidades e por isso tem o compromisso de investir para corresponder à crescente demanda de energia elétrica nas localidades onde está presente. Esses investimentos se consolidam na execução de obras e projetos para a expansão de redes, manutenções e melhorias no sistema elétrico, no atendimento, bem como acessibilidade aos serviços da empresa.  

“Quando falamos em ligações novas, por exemplo, qualquer pessoa que quiser solicitar esse serviço não precisa se deslocar até a agência de atendimento da Energisa em Guarapuava. Todo o procedimento pode ser feito pelo celular, computador ou tablet, no site energisa.com.br ou Whatsapp Gisa”, ressaltou.  

 Além de imóveis recém-construídos e empreendimentos lançados, quando se trata de ligações novas também são incluídos imóveis que estavam desocupados e com a energia desligada, por exemplo, e ao serem alugados ou vendidos têm um pedido para ligar a energia novamente.   

“Em todas essas situações, é necessário que o imóvel atenda aos requisitos técnicos para novas ligações, como padrão de entrada de energia devidamente instalado e inexistência de débitos”, acrescentou Dalessandro.  

 A partir da solicitação do cliente, a Energisa realiza uma vistoria no local para verificar se está de acordo com todas as normas técnicas. Em caso positivo, a nova ligação será viabilizada sem cobrança de taxas. Todavia, se houver reprova durante a vistoria, será cobrado uma taxa, que virá na fatura de energia elétrica, conforme valores estabelecidos em Resolução da (Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).  

Vistoria virtual – Para agilizar ainda mais o atendimento aos pedidos de nova ligação de energia elétrica, a Energisa disponibiliza aos clientes a opção da vistoria virtual. De forma, prática o profissional que construiu o padrão de energia ou o responsável técnico pela obra pode agendar a vistoria on-line diretamente pelo Whatsapp (18) 9919-2827. Na data e horário marcados, a vistoria é realizada via chamada de vídeo.   

   A equipe da Energisa verifica se o padrão foi instalado dentro das normas e orienta o profissional se for necessário realizar alguma adequação antes da aprovação do pedido. Essa modalidade de vistoria também está disponível para clientes do sistema Geração Solar, ou seja, aqueles que geram a sua própria energia.   

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Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.