Projeto de lei destina lucro da Copel para baratear a conta de luz

Foi protocolado, na Assembleia Legislativa do Paraná o projeto de lei que tem por objetivo reduzir o valor da conta de luz dos paranaenses. A proposta faz duas alterações na Lei nº 1.384/1953, que Institui o Fundo de Eletrificação: fixa a distribuição de lucros e dividendos da Copel em 25% do lucro líquido de cada exercício – que, pelo segundo ano consecutivo, atingiu 65% – e destina o saldo remanescente desse montante para financiar os subsídios decorrentes de programas sociais, atualmente arcados pelos consumidores.

A justificativa do projeto lembra que a Copel foi constituída com capital público justamente pela função social que exerce: geração e distribuição de energia elétrica em valores acessíveis e de forma isonômica, possibilitando o acesso universal ao recurso por ela explorado.

“A lucratividade máxima para atender aos acionistas e especuladores do mercado não pode ser encarado como o principal objetivo da COPEL, ou de qualquer Sociedade de Economia mista, sem antes atender primeiro os interesses coletivos, que estão diretamente relacionados com o papel econômico que ela exerce no Estado e principalmente o seu papel social”.

Em 2020, a Copel distribuiu R$ 2,52 bilhões do lucro aos acionistas, alta de 292,85% ante 2019 (R$ 643 milhões). Já em 2021, o valor distribuído pela energética superou R$ 3 bilhões.

Dados divulgados pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Sandoval Feitosa, revelam que os subsídios têm peso de 10% na conta de luz, com perspectiva de aumentar nos próximos anos.

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Já conferiu a sua conta de luz? Saiba o que está pagando na fatura todos os meses

Em Guarapuava, outono tem sido marcado com temperaturas típicas de inverno; clima também pode causar impacto na sua conta de energia

O outono chegou e em Guarapuava a nova estação tem sido marcada por dias com temperaturas típicas de inverno. E você sabia que esse clima também pode causar impacto na sua conta de energia? Principalmente porque nos horários mais friozinhos, o chuveiro elétrico e até o aquecedor acabam assumindo o posto de “vilões do consumo de energia”.

“Por isso, é importante adotar práticas de uso eficiente da energia elétrica. Alguns hábitos, quando replicados por toda a família, contribuem para a economia de energia em qualquer época do ano”, reforça o gerente de Serviços Comerciais da Energisa Sul-Sudeste, Helber Corsaletti.

A orientação do gerente da Energisa tem ainda mais importância quando se compreende o que vem cobrado na fatura de energia. “A conta de energia não é apenas o cálculo do consumo. Ela é a soma de vários fatores que incluem impostos e encargos, custos do processo de produção da energia elétrica e, dependendo do período, acréscimo da bandeira tarifária vigente”, explica, acrescentando que quanto maior o consumo, maior a incidência de impostos sobre o valor da fatura.

O que pago? Para quem pago? 

De imediato, é importante destacar que o valor da tarifa de energia é definido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), responsável pelas regras e fiscalização do setor elétrico no Brasil. É ela que também determina os processos de reajuste ou revisão tarifária de cada concessionária.

“Quando a conta chega ao consumidor em uma fatura única, já estão embutidos outros valores que compõem a tarifa. Esses valores são arrecadados pela distribuidora, por meio da conta de energia, e repassados diretamente às empresas responsáveis por cada uma dessas fases do processo produtivo da energia”, esclarece.

Na conta de energia estão cobrados os valores referentes ao consumo do imóvel em kWh no mês; custos da geração, transmissão e distribuição da energia que chega ao consumidor final (residências, estabelecimentos comerciais e industriais); encargos setoriais, impostos diretos, acréscimos da bandeira tarifária vigente e outros serviços.

De forma prática, na área de concessão da Energisa Sul-Sudeste, que compreende 82 municípios no interior de São Paulo, sul de Minas Gerais e Guarapuava (PR), 19,2% do valor da conta é repassado para a distribuidora. Ou seja, de cada R$ 100 pagos na conta de luz, R$ 19,20 ficam com a Energisa.

Com esse valor a empresa distribui energia a todos os clientes, paga fornecedores e prestadores de serviço, renova e faz a manutenção da frota, mantém e amplia a rede e os sistemas elétricos, garantindo o atendimento 24 horas e 7 dias por semana, além de investir na modernização e melhoria crescente da qualidade dos serviços prestados.

Outros 29% vão para a empresa responsável pela geração de energia, enquanto 14,1%