Viver a universidade. A frase, muito ouvida, sobretudo nos primeiros anos da graduação, é um convite para que os acadêmicos conheçam, de fato, todas as experiências desse período tão importante. Na Unicentro, parte dessa vivência se dá por meio do engajamento dos estudantes nas Associações Atléticas Acadêmicas. Formadas de maneira independente pelos alunos, as atléticas têm como foco promover a interação entre os estudantes, além de fomentar as atividades esportivas no âmbito universitário.
Atualmente, a Unicentro conta com dez atléticas nos seus três câmpus. Em Irati, as atléticas em funcionamento são a Primatas, dos cursos de Ciências Sociais Aplicadas; e a Macabra – III de Maio, dos cursos de Psicologia, Fonoaudiologia e Educação Física. Já em Guarapuava, estão a ASS, dos cursos de Humanas, Letras e Artes; a Cacique, dos cursos de Ciências Sociais Aplicadas; a Nevasca, do curso de Medicina; a Tigres, do curso de Educação Física; a Calango, dos cursos de Ciências Agrárias e Ambientais; a Savanna, de Ciências Exatas e Tecnológicas; e a Pandemia, dos cursos de Ciências da Saúde. A décima atlética – a Tsunami – congrega estudantes de todos os cursos de Engenharia, independente do câmpus de oferta.
“A Atlética Pandemia já tem seis anos de existência. Atuamos para promover a integração entre os acadêmicos, sempre dando apoio em tudo o que o calouro ou qualquer pessoa, de qualquer outro ano, precise”, explica a presidente Marina Heupa Klozouski. Entre as atividades promovidas, conta Marina, estão a prática esportiva. “Temos treinamento, toda semana, de futsal, handebol e vôlei – tanto masculino quanto feminino”.
A prática esportiva foi o que chamou a atenção da acadêmica Maria Luiza Pietrobom, do primeiro ano do curso de Fisioterapia, que faz parte da Atlética Pandemia. “Eu me interessei por causa dos esportes e das competições, que é uma área que eu sempre fui muito ligada. Sou atleta de handebol e vôlei”, contou.
Para ela, a socialização dentro das Atléticas se dá por diversas formas e contribui para a permanência dos estudantes na universidade. “Desde o primeiro dia de aula já sentimos a recepção, fazemos amizade com pessoas de outros cursos, outros períodos, e eu acho que a atlética mostra que a faculdade não é só pressão e cobrança, mas pode ser levada de uma forma mais descontraída”, avaliou.
Acadêmica do primeiro ano do curso de Farmácia, Ana Laís Makux, conheceu a atlética Pandemia pelas redes sociais e por colegas que já participavam. A vontade de fazer parte de um grupo que representasse o curso veio logo no início da graduação e a participação tem se mostrado uma parte importante da vida universitária. “Quando entramos na faculdade, principalmente quem é de fora, nos sentimos meio perdidos e a Atlética me acolheu. Eu conheci várias pessoas que, hoje, fazem parte da minha vida e me ajudam sempre que eu preciso. É uma parte leve da faculdade”, contou.
Vittor Guimarães faz parte da ASS, a Atlética Simulação Social. Ele conheceu o grupo por meio do grupo de cheerleaders, antes mesmo de ingressar no curso de Jornalismo. “Me considero uma pessoa muito comunicativa e, por conta disso, gosto de conhecer pessoas novas. Participar da atlética foi a oportunidade perfeita para isso”, relatou.
A ASS foi fundada em 2012 e, entre 2021 e o mês de julho desse ano, foi presidida pela acadêmica Kauane Mayle, do curso de Jornalismo. Ela contou que o grupo tem participação ativa em atividades de esporte, música e dança, buscando promover a aproximação dos estudantes tanto internamente, quanto com as demais atléticas da universidade. Além disso, destaca, contribui para que os estudantes, principalmente os novos, se adaptem melhor ao ambiente acadêmico.
“Nós os ajudamos a conhecer o câmpus em si, os cursos que englobamos, que são de Humanas e Comunicação, conhecerem pessoas de outros cursos e de outras atléticas. Então, a pessoa não se sente sozinha. Acho que a importância da Atlética é o acolhimento que ela dá, principalmente, para os calouros”.
Opinião compartilhada pela acadêmica Ana Clara Nicoletti, do primeiro ano de Jornalismo. “Como sou caloura, ainda não conheço muita gente do curso. Então, eles estão sempre chamando e querendo que a gente faça parte das atividades. Ter amigos e atividades fora do dia a dia da faculdade é muito importante, porque te mantém incentivado e mais feliz”, ressaltou.
Congregando acadêmicos dos câmpus Cedeteg e Irati, a Atlética Tsunami foi fundada em 2010 e composta pelos cursos de Engenharia de Alimentos, Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Engenharia Ambiental.
“Têm vários meios para promover essa interação entre os acadêmicos”, ressalta Gustavo Villegas, presidente da Atlética. “Na Tsunami, nós temos a bateria; a equipe de cheers, que é relativamente nova, mas já é bem grande; e em todos os esportes conseguimos abranger os times feminino e o masculino. Com relação aos eventos, costumamos fazer festas integrando todos os cursos e as outras atléticas e, em alguns momentos, também fazemos projetos sociais”, detalhou.
O acolhimento e a integração promovidos pelas atléticas são, mais uma vez, reforçados pelos participantes. Para a acadêmica de Agronomia Camila Ferreira de Souza, o contato com o grupo tem contribuído para a adaptação e a permanência no curso.
“A Atlética é uma porta para conhecer gente, para se sentir um pouco mais em casa. Não tem como falar de atlética e não falar em integração. As atléticas são a integração. A partir do momento em que você entra em uma e começa a carregar a bandeira, levá-la como uma família será sempre um incentivo para permanecer na faculdade e no curso”, finalizou.