O Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente (COMDICA) e a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SEMADS), promoveram, nesta semana, uma capacitação para adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
O intuito do projeto, é propor o debate sobre protagonismo e instigar a participação de pessoas dessa faixa etária no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). A palestra com o tema “Controle Social, Participação e Protagonismo dos Adolescentes”, foi realizada nos territórios do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).
“Proporcionar espaços de debate e participação dos jovens se faz necessário, diante da perspectiva dos direitos de controle social. A realidade e os anseios dos adolescentes devem ser compreendidos pelo poder público. Temos que ouvir os desejos, planos e projetos desse público que será, muito em breve, o futuro do nosso município. Queremos, com essa capacitação, ouvir demandas e entender como podemos deixar Guarapuava mais inovadora e com oportunidade para os jovens”, enfatiza a secretária da SEMADS, Elenita Lodi.
A ação visa atender as demandas ocasionadas pela pandemia de COVID-19, como as consequências do isolamento social, as violações de direitos e o afastamento dos serviços de convivência por parte dos adolescentes. Os encontros tiveram duração de duas horas, onde os participantes realizaram atividades de intervenção, prevenção, orientação e mapeamento de violações de direito, por meio de palestras, oficinas e rodas de conversas.
“Essa capacitação para o público adolescente, envolve as entidades e as unidades de CRAS. O principal intuito é fomentar a participação ativa deste público, por meio dos fóruns de discussão diretamente nos territórios. Então, o intuito principal é movimentar esse público dentro das temáticas da própria geração dos adolescentes”, destaca a coordenadora da Proteção Social Básica, Cibele Tozzi.
Para Ketlyn Fogaça, de 15 anos, que participou da ação na unidade do CRAS do Bairro Industrial, as atividades serviram para que os presentes pudessem saber e tirar dúvidas sobre os direitos da criança e do adolescente. “Achei essa palestra muito interessante. Ela foi realmente muito importante, porque a gente que é adolescente, precisa correr atrás dos nossos direitos para não sofrer abusos psicológicos e sexuais. Sabendo disso, conseguimos ter uma vida melhor, pois os nossos direitos são a base de tudo”, contou.
A ação que ocorreu durante essa semana, de 22 a 26 de agosto, reuniu cerca de 500 adolescentes. Ao fim das atividades, foram escolhidos alguns representantes dos territórios para compor um fórum participativo. A partir de então, eles vão apresentar as demandas das localidades onde vivem, para que haja ações de desenvolvimento de políticas públicas voltadas a essa faixa etária no município.