Servidores aposentados do Estado se mobilizam pelo pagamento da data-base

Os deputados que integram a bancada do Partidos dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa do Paraná realizaram, na manhã desta terça-feira (06) no plenarinho, um encontro com servidores aposentados do Estado que estão mobilizados, nesta terça e quarta, para pressionar o Governo do Estado pelo pagamento da data-base.

Com o plenarinho lotado, servidores aposentados e da ativa reivindicam o pagamento de 3,39% de reposição, que deveria ter sido pago em janeiro deste ano, e mais a data-base de 12,13% referente a 2022, além da isenção do desconto previdenciário para todos os aposentados que recebam abaixo do teto do INSS.

O deputado Arilson Chiorato, que conduziu a reunião, disse que os deputados irão protocolar na sessão plenária um requerimento pedindo que o Governo pague a data-base dos servidores e apresente uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para retirar a cobrança “injusta do INSS”.

“O que a gente tem colocado e é importante entender é que um professor que recebia líquido em 2017 o valor de R$ 3.762,00, depois da reforma da previdência passou a receber, em 2021, R$ 3.664,00. Ou seja, o arroz subiu, o gás subiu, a gasolina subiu e o custo de vida subiu e o salário diminuiu. Essa relação a gente não pode permitir. Por isso a mobilização e a participação de vocês são importantes e também que conversem com os outros deputados”, disse.

A dificuldade dos aposentados é grande, conforme relatou a secretária estadual dos aposentados da APP Sindicato, Adelaide Mazza, que reforçou que esses dois dias de mobilização serão de muita luta e conversa com os deputados.

“Hoje e amanhã estaremos nos fazendo ver e ouvir para que nossas pautas sejam levadas ao conhecimento de todos os deputados. É um dia de muita luta. Sabemos que a gente pode contar com os deputados da oposição, mas também precisamos convencer os demais deputados para que entendam as dificuldades que estamos passando. Não é justo, depois de tantos anos de aposentados, que tenhamos novamente que contribuir para a previdência”, relatou mostrando preocupação com o futuro.

“Uma coisa que é muito séria. Se não há concurso público, em que época vai se parar de pagar quem está se aposentando? Porque o fundo previdenciário vai sumir. Se não tem concurso, não tem quem contribuía, e enquanto isso nós hoje estamos penando”, completou.

“Quero agradecer aos deputados por nos abrigarem, nos ouvirem e vamos à luta. Nossa resistência e persistência tem que continuar”, disse Neiva da Silva, dirigente do SindiSaúde.

A deputada Luciana Rafagnin também destacou a preocupação com a falta de concurso público e criticou, o que chamou de “terceirização da educação”.

“Infelizmente vivemos no estado do Paraná um momento difícil. O Governo não valoriza os servidores do nosso estado, não respeita a data-base e os direitos adquiridos de todos os trabalhadores. Temos que convencer o governador para o pagamento dos 3,39% que já é de direito, o Governo precisa fazer esse pagamento. E depois os 12,13% precisamos conversar com líder do Governo para que possa nos ajudar a reforçar junto ao Governo para que cumpra o direito de vocês que é ter essa reposição, que tem que acontecer até o final do mês”, afirmou.

“O que a gente vê acontecendo no nosso estado com a educação também é muito triste, quando a gente vê que o governo prioriza a terceirização”, complementou.

“A briga é longa, boa e necessária”, disse o deputado Tadeu Veneri, líder da bancada, lembrando que os “salários dos servidores estão congelados há seis anos e a condição de trabalho para os que estão na ativa está precarizada. Estamos vivendo um período de extrema dificuldade”.

“Inativos e inativas nunca, educadores sempre”, com esse lema o deputado Professor Lemos iniciou a sua fala em defesa das reivindicações dos servidores e a necessidade do pagamento imediato da data-base. “Enquanto tudo sobe, não sobe o salário e sobe a contribuição previdenciária, isso é desumano. A presença de vocês é importante para dizer não a esse estado mínimo. Estão cobertos de razão, temos a tarefa de contribuir e ajudar a dar voz na tribuna da Assembleia a essas demandas que são importantes”, disse Lemos.

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