Proibição do terceiro dígito nos preços dos combustíveis já é lei no Paraná desde 2016

Termina no próximo sábado (07) o prazo dado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para que os postos de combustíveis, de todo o Brasil, parem de utilizar o chamado terceiro dígito de centavo na divulgação de preços e no cálculo da cobrança da gasolina, etanol e GNV, junto aos consumidores. A decisão da ANP é de novembro do ano passado.

De acordo com a Agência, o objetivo é deixar o preço do combustível mais preciso e claro para o consumidor, evitando a tática usada por postos de combustíveis para disfarçar o preço real, que, na ponta, aumenta a conta para os consumidores.

A retirada do terceiro dígito não é novidade no Paraná. Em maio de 2016, o estado foi o segundo do país a criar uma legislação estadual contra o uso de três casas decimais pelos estabelecimentos, a Lei 18.782/16, de autoria do deputado estadual Evandro Araújo (PSD). Na época, Araújo criticou o uso do método porque induzia o consumidor a achar que pagava menos do que, de fato, pagava.

“Fomos pioneiros neste tema. No início houve resistência dos postos, naturalmente, pois o Paraná e o Espírito Santo eram os únicos estados do país a adotarem tal medida. Com o tempo, os postos foram adotando a lei e hoje é difícil você encontrar um posto de combustível no Paraná que ainda use três casas decimais. Agora, com a decisão da ANP, o Brasil adotará um sistema que já estamos usando há seis anos”, explicou o deputado.

Segundo Araújo, a adoção de três casas decimais de centavos é usada para majorar o preço final e não o contrário, como deveria ser. Uma estimativa feita pelo deputado indica, em um cenário em que o preço do litro de gasolina custa R$ 7,289, a simples retirada do terceiro dígito (ficando 7,28) resultaria na redução de R$ 76,9 milhões por ano, considerando que cada um dos 7,1 milhões de veículos no Paraná realizasse um abastecimento de 100 litros por mês.

“Para um carro com 50 litros, a retirada do terceiro dígito diminuiria 45 centavos ao se encher o tanque todo. Imagina quanto se ganha de 45 centavos em 45 centavos? Isso impacta muito, principalmente, neste momento em que os combustíveis estão muito caros”, frisou o deputado.

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Paraná gerou 39.176 vagas de emprego em fevereiro, melhor resultado em quatro anos

O Estado foi também o 3º do País que mais gerou oportunidades no período, atrás apenas de São Paulo (137.581) e Minas Gerais (52.603), estados bem mais populosos

O Paraná abriu 39.176 postos de trabalho em fevereiro deste ano, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado nesta sexta-feira (28). É o melhor resultado para um mês desde fevereiro de 2021, quando foram criadas 41.452 vagas. O Estado foi também o 3º do País que mais gerou oportunidades no período, atrás apenas de São Paulo (137.581) e Minas Gerais (52.603), estados bem mais populosos.

O saldo paranaense de 39.176 vagas é resultado da diferença entre as 211.674 admissões e os 172.498 desligamentos no período. Na comparação com fevereiro de 2024, quando 33.179 empregos foram abertos (na série com ajuste), a geração de empregos formais foi 18% maior em 2025, com acréscimo de 5.997 vagas.

No acumulado de 2025 foram geradas no Paraná 55.057 empregos formais com carteira assinada, o 4º melhor resultado entre os estados, atrás apenas de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Nos últimos 12 meses, entre março de 2024 e fevereiro deste ano, o saldo de empregos foi de 130.426 novas vagas, também na série com ajustes.

Todos os setores registraram índices positivos de contratações no Paraná em fevereiro. Os que mais contrataram foram Serviços, com 22.665 vagas criadas, seguida pela Indústria, com 7.193, e Comércio, com 5.428. A Construção registrou a abertura de 3.333 novos empregos, enquanto que a Agropecuária criou 557 postos de trabalho.

“Mais uma vez o Paraná é destaque na geração de empregos, o melhor programa social que existe. Fechamos o ano de 2024 com 3,3% da população desocupada, a menor taxa de desemprego da história, iniciamos 2025 com quase 16 mil vagas criadas em janeiro e agora mais 39 mil postos de trabalho, além da confirmação de um PIB de R$ 718 bilhões, mostrando que a economia do Estado segue aquecida e com bons resultados”, celebrou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Municípios – O Caged também traz dados sobre a geração de empregos nos municípios. Os que mais se destacaram em fevereiro, em volume de contratações, foram Curitiba (10.046), Toledo (2.311), Londrina (1.963), Maringá (1.739), Cascavel (1.468), São José dos Pinhais (1.369), Ponta Grossa (929), Foz do Iguaçu (910), Araucária (820) e Ibiporã (608).

Brasil – No País, foram abertas 431.995 postos de trabalho formais em fevereiro. O setor que mais contratou no Brasil foi o de Serviços, com a criação de 254.812 postos, seguido da Indústria (69.884), Comércio (46.587), Construção (40.871) e Agropecuária (19.842).