Polícia dos EUA acaba com show de Simone e Simaria

Foto: reprodução

Com o show da dupla Simone e Simaria, a noite era para ser de festa para o público brasileiro nos EUA.

O River Yacht Club, local onde foi realizado o show, estava super lotado. A organização foi precária, haja vista as muitas reclamações nas redes sociais de pessoas que estiveram no local. O som estava alto e passou a incomodar moradores vizinhos na madrugada de sábado. Além disso, várias brigas teriam acontecido no transcorrer do evento. A polícia americana recebeu várias reclamações através do fone 911.

Rapidamente, algumas viaturas se dirigiram ao clube onde se realizava o evento musical. Os policiais constataram algumas irregularidades e não quiseram conversa com os organizadores e nem com as cantoras sertanejas brasileiras. Com o show ainda rolando, sem dar maiores explicações, a polícia americana desligou o som e deu por encerrado o show musical, sem sequer permitir que as cantoras se despedissem do público.

A assessoria das cantoras se manifestou sobre o ocorrido: “Faltando quinze minutos para o encerramento do show, a polícia adentrou o local e obrigou o término imediato da apresentação, impedindo até que as cantoras se despedissem do público. A produção de S&S tentou impedir que isso ocorresse, já que a casa tinha a liberação de funcionamento até as 2h, mas os próprios policiais se dirigiram até a mesa de som e desligaram os equipamentos”

Outro fato que chamou a atenção, é que ninguém reclamou ou tripudiou sobre a decisão policial. Todos foram embora imediatamente, aceitando a determinação unilateral. Isso no direito chama-se Poder de Polícia, que é a faculdade que tem o Estado de limitar e condicionar o exercício dos direitos individuais, a liberdade e a propriedade, tendo como objetivo a instauração do bem-estar coletivo, conforme preceitua a jurista Maria Sylvia Di Pietro.

Quem já viajou para os EUA, sabe que a polícia americana não é muito de conversar e pedir explicações. Quando constata que alguém está cometendo alguma irregularidade, o policial simplesmente cumpre a lei. Cabe ao infrator ficar calado e responder apenas às perguntas que lhe forem feitas.

Se o detido não acatar as ordens do policial, poderá responder por outros crimes com penas duras e sem benefícios, como por exemplo: desacato, desobediência, resistência à prisão e perjúrio, se eventualmente mentir para a polícia. Se o presente fato acontecesse no Brasil, com certeza teríamos rapidamente uma enxurrada de críticas ao trabalho dos policiais, que seriam chamados de arbitrários, despreparados e ainda seriam acusados de terem praticado crime de abuso de autoridade. Portanto, democracia sem poder de polícia vira bagunça, desarranjo social, insegurança jurídica e prevalência da vontade dos desordeiros, vândalos e arruaceiros contra os ditames da lei.

Fonte: Dr. Segurança

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