Verão Paraná atende cerca de 200 mil pessoas nos primeiros dias da temporada

As atividades do Verão Paraná – Viva a Vida – encerraram a primeira semana com 199.217 atendimentos. Veranistas e moradores locais realizaram atividades esportivas, recreativas e de lazer, além das ações de sustentabilidade, em Guaratuba, Matinhos, Pontal do Paraná e Ilha do Mel, além da região Noroeste, em Porto Rico e São Pedro do Paraná.

Foram 51.217 atendimentos cadastrados nos postos fixos e 148 mil pessoas interagindo com o trio elétrico que percorreu toda a orla de Matinhos até Pontal do Sul, em Pontal do Paraná.

Foram inúmeras atividades ofertadas e as que mais tiveram adesão de público foram vôlei de praia, atividades de palco (ginástica, alongamento, aula de ritmos e outros), beach tennis e futmesa, uma das novidades deste ano, disponível em todos os postos fixos do Litoral. Outro destaque é a parede de escalada com tirolesa, presente nos postos de Guaratuba, Caiobá e Ipanema.

O projeto conta com seis pontos fixos: Morro do Cristo, em Guaratuba, Caiobá, em Matinhos, Praia de Leste, Ipanema e Shangrilá, em Pontal do Paraná, e a Ilha do Mel. As atividades vão de terça a domingo das 8h às 12h e das 15h às 19h.

O superintendente geral do Esporte, Helio Wirbiski, aponta para o bom funcionamento das atividades que já refletem no número de pessoas atendidas.

“As atividades de esporte do Verão Paraná – Viva a Vida – estão indo de vento em popa. Felizmente tudo está funcionando corretamente. Atendemos ao longo desta semana em torno de 200 mil pessoas e, com certeza, vamos bater a nossa meta de 500 mil. Venha pro Litoral, pratique esporte, faça sua avaliação e saiba que você terá mais de 250 pessoas que trabalharão a seu favor para que você tenha dias tranquilos no nosso litoral”, afirmou.

Programação – Os postos fixos contam com uma programação diária das atividades ofertadas. Nos fins de semana, o projeto contará com diversas competições de nível nacional e internacional.

Verão Paraná – O Verão Paraná – Viva a Vida é uma realização conjunta do Governo do Estado por meio da Superintendência do Esporte, Secretaria de Segurança Pública, Detran, Sanepar, Copel, Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Cultura e Sejuf. O projeto conta com o patrocínio do Sicredi, Daju e apoio do Sesc, das prefeituras municipais e da Abaline com a travessia para a Ilha do Mel.

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Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.