Região de Guarapuava lidera o Paraná na produção nacional de cevada

A região de Guarapuava, que tem um inverno rigoroso, onde o grão se adaptou bem, o cultivo é impulsionado pela Cooperativa Agrária, fundada pelos imigrantes europeus. Praticamente todo o plantio na região é feito pelos cooperados, que vendem a produção para a própria Agrária. Em Grandes Rios, está a Agrária Malte, a maior maltaria da América Latina, responsável por 30% da demanda nacional.

E graças a isso o Paraná lidera com folga a produção nacional de cevada. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado respondeu por quase 62% da área cultivada e por 72% da produção do grão no Brasil em 2020. De acordo com as estatísticas da Produção Agrícola Municipal (PAM), a área plantada no Estado no ano passado chegou a 64.375 hectares, e no País somou 104.413 hectares.

Foram colhidas, no Estado, 278.661 toneladas do grão, enquanto a produção nacional somou 387.146 toneladas em 2020. A produtividade da cevada paranaense também é superior à nacional. Ainda segundo a PAM, cada hectare plantado no Estado produziu 4.329 quilogramas de cevada. No Brasil, o rendimento médio foi de 3.709 kg/ha.

Na safra de 2020/2021, que está terminando de ser colhida agora, a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento estima o plantio de 76 mil hectares e a colheita prevista é de 320 mil toneladas. O Núcleo Regional de Guarapuava responde por cerca de 65% desse volume, com o cultivo de 45,5 mil hectares e previsão de colher 206 mil toneladas do grão. O cereal também é produzido nos Campos Gerais, na Região Metropolitana de Curitiba, no Sul e no Sudoeste do Estado.

Tecnologia – Um dos motivos que fazem com que cevada de Guarapuava tenha melhor produtividade que a média nacional está no trabalho de pesquisa desenvolvido pela Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), que pertence à cooperativa.

A Fapa desenvolve, periodicamente, novas cultivares que levam em consideração as necessidades dos produtores e da indústria. São sementes com maior tolerância a doenças, com alta produtividade e alta qualidade de malte, com o objetivo de produzir matéria-prima com a melhor qualidade possível. O processo de melhoramento genético para o desenvolvimento de uma nova cultivar leva, em média, de 10 a 12 anos.

Na safra de 2020/2021, que está terminando de ser colhida agora, a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento estima o plantio de 76 mil hectares e a colheita prevista é de 320 mil toneladas.

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