Seja a voz daqueles que não podem falar
Com o objetivo de mobilizar a sociedade e convocá-la para o engajamento contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes, o dia 18 de maio foi estabelecido como o Dia Mundial de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Apenas nesses cinco primeiros meses de 2017 em Guarapuava, já houveram 23 casos de abusos e exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes, atendidos pelo Conselho Tutelar. Dados como esse evidenciam como é importante combater essa realidade. E maio é o mês dessa luta.
Profissionais do Conselho Tutelar, Serviço Social, Psicologia e Pedagogia se reuniram na quinta-feira, 18, no auditório da faculdade Guairacá para tratar da conscientização sobre o tema.
Segundo a conselheira tutelar Viviane Maria Padilha, a melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção e a denúncia. A prevenção é feita por meio de campanhas e trabalhos informativos junto aos pais e responsáveis. Mas é preciso a sensibilização da população para que haja denúncias, e assim se possa identificar crianças e adolescentes em situação de risco. Discutir o tema é muito importante, para que junto com os profissionais da área de educação e jurídica, consigamos conversar com a população e alertar sobre o abuso e a exploração sexual, diz.
A ação foi uma parceria da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente e a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Durante todo o mês, a temática exploração e abuso sexual infantil continuará abordada por meio da exibição de vídeos, dinâmicas e mesas redondas.
Abuso e Exploração Sexual
O abuso sexual envolve contato sexual entre uma criança ou adolescente e um adulto ou pessoa significativamente mais velha e poderosa. As crianças, pelo seu estágio de desenvolvimento, não são capazes de entender o contato sexual ou resistir a ele, e podem ser psicológica ou socialmente dependentes do ofensor. O abuso acontece quando o adulto utiliza o corpo de uma criança ou adolescente para sua satisfação sexual. Já a exploração sexual é quando se paga para ter sexo com a pessoa de idade inferior a 18 anos. As duas situações são crimes de violência sexual.
Denuncie
O combate a essa realidade exige que os casos sejam denunciados. Portanto, se você souber de algum caso de violência sexual infantil, procure o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária e ligue para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.
Você pode agir. Proteja nossas crianças e adolescentes. Disque 100.