Sesa alerta sobre a importância da vacinação contra a gripe

O Paraná aplicou, até esta quinta-feira (02), 3.725.588 vacinas contra a gripe, entre a população geral e grupos prioritários, atingindo 65,1% da cobertura vacinal. Os dados são do Ministério da Saúde.

Estima-se que 4.480.000 paranaenses devam ser imunizados, de acordo com a meta de 90% estabelecida pelo governo federal. Por isso, a secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância da imunização contra a Influenza.

O Ministério da Saúde já enviou ao Estado 5.165.200 vacinas contra a doença, restando, portanto, cerca de 1,4 milhão de doses a serem aplicadas. Este ano, a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe foi realizada em três etapas, com divisão de grupos prioritários. Começou no dia 12 de abril e a previsão de término era 9 de julho, mas devido à baixa adesão o Paraná segue vacinando até esgotarem as doses.

“Sabemos que a população está totalmente atenta ao calendário de vacinação para a Covid-19, mas não podemos esquecer que outras doenças também circulam e são perigosas”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “O Estado sempre foi exemplo em cobertura vacinal e queremos seguir em frente com essa meta. Precisamos que as pessoas se conscientizem dessa necessidade”.

A vacina é aplicada em dose única e pode ser administrada em um período de 14 dias antes ou depois da imunização contra a Covid-19, ou demais doenças. Todas as pessoas acima de seis meses de idade, independente de condições pré-existentes como comorbidades, deficiências ou categorias profissionais, podem se vacinar.

A Sesa orienta que a população procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência e se informe sobre dias e horários para a imunização.

“As equipes municipais devem realizar ações direcionadas para abranger o maior número de pessoas na campanha, fazendo uma busca ativa ”, acrescentou o secretário

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Síndrome mão-pé-boca: Pequeno Príncipe informa tudo o que você precisa saber

Maior e mais completo hospital pediátrico do país esclarece as principais dúvidas sobre a doença, que é considerada comum durante a infância 

Diferentes cidades do país têm registrado aumento de casos da síndrome mão-pé-boca. Mesmo sendo considerada comum na infância, a doença – causada pelo vírus Coxsackie – é contagiosa e causa feridas na mucosa da boca e pequenas bolhas nas mãos e nos pés.

Por isso, o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil, responde às principais dúvidas sobre a síndrome e dá recomendações de prevenção.

Como acontece o contágio?

A transmissão da síndrome mão-pé-boca ocorre quando a criança entra em contato com pessoas contaminadas ou com as fezes delas, saliva e outras secreções. A contaminação também pode acontecer por alimentos e objetos que estejam com o vírus.

A doença é comum em bebês e crianças de até 5 anos de idade, mas se pode contrair o vírus com qualquer idade. Por isso, é fundamental manter cuidados básicos de higiene e ficar atento se alguém próximo estiver com o vírus.

Quais são os sintomas?

Entre os sintomas mais comuns da doença estão: manchas vermelhas na boca, amígdalas e faringe; bolhas doloridas na palma das mãos e na planta dos pés; febre alta; falta de apetite; dor de garganta e dificuldade para engolir; mal-estar, vômitos e diarreia; aumento da salivação; coriza e sensibilidade ou dor ao tocar mãos e pés.

Em alguns casos pode ocorrer desidratação e hipoglicemia, porque a criança tem dificuldade de ingerir líquidos e alimentos. Infecção secundária das pequenas bolhas também pode surgir, com o aparecimento de pus. Em casos raros, o vírus pode causar inflamação no coração (miocardite) e no cérebro (encefalite).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. O pediatra também pode pedir exames de fezes e de sorologia, que podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da infecção.

Tratamento para a síndrome mão-pé-boca

Por ser viral, a síndrome mão-pé-boca regride depois de alguns dias – e o tratamento, na maior parte dos casos, tem a finalidade de amenizar os sintomas. É possível que o pediatra receite medicamentos, como antitérmicos e anti-inflamatórios, para diminuir as dores e o desconforto da criança.

“Também é importante que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem. Além disso, é necessário manter bons hábitos de higiene, pois essa é uma doença altamente contagiosa”, reforça o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Pequeno Príncipe.

Prevenção

A prevenção da doença envolve medidas simples de higiene como:

  • lavar as mãos com frequência, especialmente após trocar fraldas, usar o banheiro ou antes das refeições;
  • evitar o compartilhamento de objetos pessoais como talheres, copos e brinquedos;
  • manter ambientes limpos e arejados;
  • não levar as crianças infectadas pelo vírus para creches ou escolas durante o período de contágio da doença.

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil. Há mais de cem anos, a instituição filantrópica e sem fins lucrativos oferece assistência hospitalar humanizada e de alta qualidade a crianças e adolescentes de todo o país. Referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, realiza transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea, além de atender em 47 especialidades pediátricas com equipes multiprofissionais.

Com 369 leitos, sendo 76 de UTI, o Hospital promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, foram realizados cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. Reconhecido como hospital de ensino desde a década de 1970, já formou mais de dois mil especialistas em diferentes áreas da pediatria.