A Sanepar conseguiu induzir a precipitação de 17,6 bilhões de litros de água sobre a Região Metropolitana de Curitiba, sendo que 6,5 bilhões de litros incrementaram as bacias das barragens de abastecimento público. O serviço, terceirizado, foi realizado entre dezembro de 2020 e maio de 2021. Nesse período, foram feitos 47 voos com semeadura de nuvens que resultaram em ocorrências de 32 chuvas.
Na operação, um avião sobrevoa uma nuvem promissora e faz a pulverização de gotículas de água potável de diâmetro controlado. Essas gotículas se somam às gotas já existentes dentro da nuvem, que ganha massa e se precipita em forma de chuva no local de interesse.
A combinação de informações sobre os trajetos da aeronave, os horários dos voos e a área semeada, aliada a imagens de satélites e dados de radar meteorológicos, indica quais chuvas de fato correspondem ao trabalho de semeadura e qual o volume das precipitações. Mesmo as chuvas registradas no entorno das bacias de interesse contribuíram para a otimização do ciclo hidrológico na região.
Durante a operação, as nuvens-alvo foram identificadas por meio de monitoramento climático realizado diariamente no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba. O projeto teve acompanhamento do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).
A semeadura de nuvens foi mais uma das ações do plano de gestão de crise adotado pela Sanepar para mitigar os efeitos da estiagem severa, principalmente na Região Metropolitana de Curitiba. São medidas que aliam trabalho operacional e inovação tecnológica.
“Em todo esse período de crise hídrica, a Sanepar vem utilizando uma série de conhecimentos técnicos e de inovação que resultam numa combinação de ações que mitigam os efeitos da estiagem, beneficiando a população”, afirmou o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile