Em 2017 a Agrária apresentou investimentos em infraestrutura e uma nova fábrica de malte de cerveja, numa base econômica, social e cultural dos Suábios
Onde se encontram hoje os prósperos campos de Entre Rios, há 66 anos atrás não havia quase nada. Após a chegada das primeiras famílias ao Brasil, os Suábios do Danúbio foram construindo sua cooperativa na Colônia Vitória: as barracas comunitárias, dezenas de casas padronizadas, uma serraria, um moinho de trigo, um engenho de arroz, uma unidade de recebimento de grãos. E já nas primeiras semanas, como resultado de seu trabalho, tinham semeado 500 hectares de trigo e preparado mais 500 hectares para outras culturas.
Com os conflitos da Segunda Guerra Mundial, 2.466 suábios foram expulsos de suas pátrias e voltaram a trabalhar pelo próprio futuro. E o fizeram de forma comunitária, amparados pela então Cooperativa Agrária Ltda, fundada em 5 de maio de 1951, por um grupo de 11 pessoas, capitaneado pelo engenheiro agrônomo Michael Moor. Desde então, a cooperativa que passou a ser a base econômica, social e cultural de um povo esperançoso e apaixonado pela agricultura.
Essência de agricultores
Ao longo dos seus 66 anos, a Agrária obteve muito sucesso em diversos setores. Mas como nem tudo são flores, também passou por profundas crises. Nos dois casos, a união e o voto de confiança dos cooperados na força da Agrária e do cooperativismo foram essenciais para que a história da cooperativa continuasse a ser contada.
Os Suábios do Danúbio fundaram a Agrária, que tem orgulho de ter escrito uma história tão significativa, diz o presidente da Agrária, Jorge Karl. Nossa história é única. Os nossos cooperados, especialmente os pioneiros, suplantaram enormes desafios e merecem todas as nossas congratulações, acrescenta. Os imigrantes plantaram as raízes e a Cooperativa Agrária de hoje é o melhor dos frutos desta terra, conclui.
Comprometida com a comunidade regional
O desenvolvimento econômico atual da Agrária é representável por números, como o faturamento de R$ 2,77 bilhões em 2016, um total de 640 cooperados e o quadro de colaboradores de 1.600 pessoas; mas também pela atuação em questões socioculturais, por meio do apoio à Fundação Cultural Suábio-Brasileira, ao Colégio Imperatriz Dona Leopoldina e à Fundação Semmelweis, além de outros projetos.
Hoje cabe à Agrária não apenas promover ampliações estruturais, como de sua maltaria, da indústria de processamento de milho ou do maior silo graneleiro horizontal do país, mas também o desenvolvimento profissional dos cooperados e colaboradores, sempre aliando tradição e história à tecnologia e à gestão de excelência. Os investimentos totalizaram R$ 800 milhões, conforme alinhamento com planejamento estratégico traçado para o período de 2013 a 2018.