Confiança dos empresários volta a cair no Paraná

O número expressivo de casos de covid-19 e a manutenção das medidas restritivas em muitas cidades causaram a queda no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) paranaense, elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).

Com 103,2 pontos, o ICEC de abril caiu 6,3% em relação ao mês anterior e é o mais baixo desde outubro do ano passado. Mas, por estar acima de 100 pontos, ainda pode ser considerado favorável. O indicador nacional também teve redução de 6,4% na variação mensal e ao baixar para 95,7 pontos, é tido como desfavorável.

As Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foram o fator com maior retração mensal, com queda de 8,8%. As Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) baixaram 6,8% na comparação com março e os Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) caíram 3,7%, principalmente a projeção de contratação de funcionários, que baixou 9,2%.

Os dirigentes de empresas de menor porte (até 50 funcionários) tiveram a confiança mais abalada, com redução de 6,3%. Já entre as empresas de médio e grande porte, o índice baixou 5,6%.

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Inadimplência no Paraná diminui e sinaliza fôlego para o comércio

Com menos contas em atraso, o consumidor volta a comprar e o empresário ganha espaço para vender com menos risco

No mês de março, os consumidores do Paraná diminuíram suas dívidas. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Fecomércio PR, o estado registrou o menor nível de devedores desde o início da série histórica, em 2010. O índice caiu de 12,1% de fevereiro para 11,8% em março, revelando um cenário mais positivo para a economia paranaense.

A pesquisa também comparou a média nacional de inadimplência com a média do Paraná. Enquanto o Brasil apresentou 28,6% de famílias com contas em atraso, o Paraná se destacou com apenas 11,8%. Isso significa que o mês foi especialmente positivo para o empresário paranaense, que passa a lidar com um consumidor mais confiante, com maior capacidade de compra e menor risco de inadimplência.

Além disso, os dados mostram uma queda de 2,4 pontos percentuais no número de famílias endividadas em relação ao mesmo período do ano passado. Em março de 2024, o índice era de 90,5%; neste ano, caiu para 88,1%.

Vantagens para o comércio

Essa redução indica uma tendência de maior equilíbrio financeiro das famílias, o que pode refletir diretamente no comércio local. Esse contexto cria oportunidades para o fortalecimento das vendas, concessão de crédito com mais segurança e fidelização dos clientes.

Tipos de dívidas

Entre as formas de pagamento que mais geram compromissos financeiros no Paraná, o uso do cartão de crédito lidera de forma expressiva, sendo responsável por 92,3% dos casos. Logo depois, aparecem as aquisições parceladas de veículos, que respondem por 5,3%, e os contratos de financiamento habitacional, com 4,6%. Os carnês representam 2,8% e o crédito consignado e o crédito pessoal juntos totalizam 0,6%.

 

Para os associados da ACIG, esse cenário representa uma oportunidade de recuperar o fôlego das vendas, investir em campanhas promocionais e ampliar estratégias de crédito de forma mais segura. Manter-se informado sobre o comportamento de consumo é essencial para tomar decisões mais assertivas e fortalecer os negócios em tempos de recuperação econômica.

Com informações da Acig