Saúde confirma 4.135 novos casos e 158 óbitos pela Covid-19

A secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou, neste sábado (01), mais 4.135 casos confirmados e 158 mortes pela Covid-19 no Paraná. Os números são referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que o Estado soma 946.173 casos confirmados e 22.412 óbitos.

Os casos confirmados divulgados nesta data são de janeiro (176), fevereiro (80), março (260), abril (3.559) e maio (10) de 2021, e dos seguintes meses de 2020: maio (1), junho (1), julho (2), agosto (2), setembro (2), outubro (4), novembro (8) e dezembro (30).

Internados – O informe relata que 2.407 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados. São 1.955 pacientes em leitos SUS (961 em UTI e 994 em enfermaria) e 452 em leitos da rede particular (275 em UTI e 177 em enfermaria).

Há outros 2.347 pacientes internados, 946 em leitos UTI e 1.401 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão na rede pública e rede particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

Mortes – A secretaria informa a morte de mais 158 pacientes. São 71 mulheres e 87 homens, com idades que variam de 29 a 91 anos. Os óbitos ocorreram de 28 de de junho de 2020 a 30 de abril de 2021.

Os pacientes que foram morreram residiam em Curitiba (48), Santo Antônio da Platina (11), São Jose dos Pinhais (9), Maringá (8), Foz do Iguaçu (4), Guarapuava (4), Palmas (4), Ponta Grossa (4), Cascavel (3), Castro (3), Paranavaí (3), Santa Helena (3), Siqueira Campos (3), Itapejara D’Oeste (2), Itaperuçu (2), Londrina (2), Mandirituba (2), Medianeira (2), Toledo (2) e Umuarama (2).

A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Agudos do Sul, Alto Paraná, Alvorada do Sul, Andirá, Arapongas, Bandeirantes, Bocaiuva do Sul, Borrazópolis, Cafelândia, Cambira, Campina Grande do Sul, Cianorte, Congonhinhas, Cornélio Procópio, Dois Vizinhos, Engenheiro Beltrão, Ibaiti, Iguaraçu, Imbituva, Jaboti, Janiópolis, Jardim Olinda, Matelândia, Matinhos, Nova Santa Barbara, Ourizona, Palotina, Perola, Pinhais, Rebouças, Renascença, Salto do Itararé, Santa Terezinha de Itaipu, Santo Inácio, Teixeira Soares, Telêmaco Borba, Ubiratã,

Fora do Paraná – O monitoramento registra 5.709 casos de residentes de fora, sendo que 145 pessoas morreram.

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Projeto da Unicentro produz etanol e biodiesel com resíduo da semente de seringueira

Pesquisa sobre biocombustível está entre as melhores inovações da América Latina

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi considerada uma das mais inovadoras da América Latina. O projeto “Produção de etanol a partir do resíduo da semente de seringueira” teve duas patentes classificadas entre as dez melhores do Concurso Innovación Verde, promovido pela Associação Interamericana da Propriedade Intelectual (ASIPI).

“Foi algo bem interessante para o nosso grupo de pesquisa e a gente quer continuar desenvolvendo mais pesquisas nessa área. É sempre bom ter esse reconhecimento”, comentou o coordenador da pesquisa, professor André Lazarin Gallina, do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro.

O projeto, que ocorre desde 2019 em parceria com o Câmpus de Realeza da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), contribui com análises químicas e testes experimentais.

Para a professora Fernanda Oliveira Lima, integrante da equipe da UFFS, a parceria entre a UFFS e a Unicentro é essencial para o avanço do projeto. “Esse trabalho colaborativo permitiu que recebêssemos reconhecimento e financiamento para ampliação. Com isso, o projeto se destaca ainda mais na valorização de resíduos agroindustriais e na promoção da sustentabilidade na produção de biocombustíveis”, destacou a professora.

A proposta de pesquisa surgiu quando a empresa Kaiser Agro buscou a ajuda da Unicentro para achar uma solução para a destinação de resíduos produzidos em suas atividades no ramo de conservação de solo e preservação de florestas nativas. Segundo gestor da empresa, Fábio Tonus, no plantio da seringueira, as sementes acabam não tendo utilidade para os produtores.

“Simplesmente a árvore produzia as sementes, que caíam no solo e ali elas apodreciam. A gente observou a necessidade de fazer um melhor aproveitamento dessa semente, até para poder gerar recurso tanto para o proprietário que plantou a árvore, como para o próprio seringueiro que trabalha extraindo látex”, contextualiza.

Os pesquisadores perceberam que as sementes poderiam virar insumo para a produção de biocombustíveis, que são menos poluentes do que os combustíveis convencionais. “Em um primeiro momento a gente se propôs a fazer três projetos: um deles era para a produção de etanol, o outro para a produção de biodiesel e também um para a produção de antioxidantes”, relatou André Gallina.

As etapas de produção dos biocombustíveis começam com o recebimento da matéria-prima enviada pela empresa Kaiser Agro. Depois, a equipe universitária descasca as sementes de seringueira, extrai o óleo para produzir biodiesel e o que sobra de carboidrato, vira etanol através de um processo de segunda geração. “Fazemos, assim, dois biocombustíveis de uma semente só”, resumiu Gallina.

Entre as várias frentes dessa pesquisa, durante o seu mestrado no Programa de Pós-Graduação em Bioenergia da Unicentro, o químico Giovano Tochetto focou nos carboidratos da semente de seringueira para produção de etanol, utilizando todo o potencial desse insumo.

“A semente de seringueira não é usada como alimento, ao contrário da cana-de-açúcar e do milho, sendo que o uso dessas matérias-primas alimentícias para produção de etanol cria conflitos de mercado e aumenta o custo do combustível. Como a semente de seringueira é efetivamente um resíduo, ou seja, de baixo custo, o preço do etanol produzido será reduzido”, explicou o pesquisador.

Cada 5,7 quilos de sementes de seringueira são transformados em um litro de etanol. “Dentre as fontes de energia renováveis, o etanol é especialmente interessante, pois é capaz de substituir a gasolina por completo em motores de combustão interna, muito usados em carros, com poucas mudanças nas características dos motores”, salienta o pesquisador.

Em outra pesquisa, dentro do projeto, a partir do óleo extraído da semente de seringueira, cada 3,29 quilos da matéria-prima tem capacidade de produzir um litro de biodiesel. O combustível pode substituir o óleo diesel comum, utilizado em caminhões, ônibus e outros veículos.

“Ainda existem muitas outras matérias-primas para serem descobertas, muitos métodos para produção a serem desenvolvidos e muitos métodos e processos existentes a serem melhorados”, finalizou Giovano.