Casos de Covid-19 caem pela 5ª semana consecutiva no Paraná

Apesar de continuar em patamar elevado, o total de diagnósticos de Covid-19 no Paraná apresentou melhora pela quinta semana consecutiva. O número tem apresentado queda desde o final de fevereiro. No entanto, continua alto por se tratar do maior pico de casos desde o início da pandemia, em março de 2020. As reduções são reflexo direto das medidas restritivas adotadas pelo Governo do Estado e municípios ao longo das últimas semanas.

O Informe Epidemiológico da secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgado no domingo (11), demonstra que a semana de 4 a 10 de abril (considerada a 14ª semana epidemiológica) teve 14.636 novos casos, uma queda de 25,77% com relação à semana anterior. É a primeira vez desde novembro de 2020 que o número se distancia de 20 mil casos. O informe leva em consideração os dias das confirmações dos testes, e não sua divulgação.

No histórico, o maior pico registrado desde novembro no Paraná se deu na 9ª semana epidemiológica de 2021 (28 de fevereiro a 6 de março), com 37.831 casos. Desde então, o número de diagnósticos caiu para 35.647 na 10ª semana (7 a 13 de março), 34.122 casos na 11ª semana (14 a 20 de março), 29.585 na 12ª semana (21 a 27 de março) e 19.718 casos na 13ª semana (28 de março a 3 de abril).

Média Móvel – O número de casos diagnosticados também caiu na média móvel de sete dias. Em 10 de abril, este indicador apresentou média de 2.090 casos, queda de 53,6% com relação ao indicador de 14 dias atrás.

Óbitos – A redução nos casos também reflete a baixa no número de óbitos em decorrência da Covid-19, sem contar os casos retroativos anunciados nos últimos dias. A semana epidemiológica 14 registrou 655 mortes no Paraná, redução de 24,89% com relação à semana anterior. A média móvel de sete dias confirma esta tendência. Em 10 de abril, a média era de 93 óbitos, apresentando queda de 49,4% com relação a 14 dias antes.

Leito – Atualmente, a média de ocupação dos leitos exclusivos Covid-19 SUS no Paraná é de 78%. A média de ocupação dos leitos UTI adulto é de 94%, de UTI pediátrica 45%, de enfermaria adulto 68% e de enfermaria pediátrica, 41%. Os dados são da Secretaria da Saúde, atualizados em 11 de abril de 2021.

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Síndrome mão-pé-boca: Pequeno Príncipe informa tudo o que você precisa saber

Maior e mais completo hospital pediátrico do país esclarece as principais dúvidas sobre a doença, que é considerada comum durante a infância 

Diferentes cidades do país têm registrado aumento de casos da síndrome mão-pé-boca. Mesmo sendo considerada comum na infância, a doença – causada pelo vírus Coxsackie – é contagiosa e causa feridas na mucosa da boca e pequenas bolhas nas mãos e nos pés.

Por isso, o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil, responde às principais dúvidas sobre a síndrome e dá recomendações de prevenção.

Como acontece o contágio?

A transmissão da síndrome mão-pé-boca ocorre quando a criança entra em contato com pessoas contaminadas ou com as fezes delas, saliva e outras secreções. A contaminação também pode acontecer por alimentos e objetos que estejam com o vírus.

A doença é comum em bebês e crianças de até 5 anos de idade, mas se pode contrair o vírus com qualquer idade. Por isso, é fundamental manter cuidados básicos de higiene e ficar atento se alguém próximo estiver com o vírus.

Quais são os sintomas?

Entre os sintomas mais comuns da doença estão: manchas vermelhas na boca, amígdalas e faringe; bolhas doloridas na palma das mãos e na planta dos pés; febre alta; falta de apetite; dor de garganta e dificuldade para engolir; mal-estar, vômitos e diarreia; aumento da salivação; coriza e sensibilidade ou dor ao tocar mãos e pés.

Em alguns casos pode ocorrer desidratação e hipoglicemia, porque a criança tem dificuldade de ingerir líquidos e alimentos. Infecção secundária das pequenas bolhas também pode surgir, com o aparecimento de pus. Em casos raros, o vírus pode causar inflamação no coração (miocardite) e no cérebro (encefalite).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. O pediatra também pode pedir exames de fezes e de sorologia, que podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da infecção.

Tratamento para a síndrome mão-pé-boca

Por ser viral, a síndrome mão-pé-boca regride depois de alguns dias – e o tratamento, na maior parte dos casos, tem a finalidade de amenizar os sintomas. É possível que o pediatra receite medicamentos, como antitérmicos e anti-inflamatórios, para diminuir as dores e o desconforto da criança.

“Também é importante que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem. Além disso, é necessário manter bons hábitos de higiene, pois essa é uma doença altamente contagiosa”, reforça o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Pequeno Príncipe.

Prevenção

A prevenção da doença envolve medidas simples de higiene como:

  • lavar as mãos com frequência, especialmente após trocar fraldas, usar o banheiro ou antes das refeições;
  • evitar o compartilhamento de objetos pessoais como talheres, copos e brinquedos;
  • manter ambientes limpos e arejados;
  • não levar as crianças infectadas pelo vírus para creches ou escolas durante o período de contágio da doença.

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil. Há mais de cem anos, a instituição filantrópica e sem fins lucrativos oferece assistência hospitalar humanizada e de alta qualidade a crianças e adolescentes de todo o país. Referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, realiza transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea, além de atender em 47 especialidades pediátricas com equipes multiprofissionais.

Com 369 leitos, sendo 76 de UTI, o Hospital promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, foram realizados cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. Reconhecido como hospital de ensino desde a década de 1970, já formou mais de dois mil especialistas em diferentes áreas da pediatria.