Guarapuava registra um caso de febre amarela
Guarapuava tem um caso suspeito de febre amarela de acordo com o Departamento de Vigilância e Saúde do Município. O diagnóstico ainda não foi confirmado, mas o cuidado de toda comunidade com relação a doença deve continuar.
Para a Chefe de Divisão de Vigilância Ambiental, Suzana de Souza, o mosquito aedes aegypti, vetor da febre amarela, está adaptado a viver na região urbana, contudo, ele pode se reproduzir em diferentes ambientes.
“A população precisa entender que a febre amarela é uma doença grave que pode ser transmitida pelo mosquito tanto em área silvestre e regiões de mata, como em área urbana. É preciso estar atento, principalmente quem mora em área rural.
É que os macacos vivem no mesmo ambiente que o vetor da febre amarela e por isso acabam sendo as primeiras vítimas da doença transmitida pelo mosquito. O Macaco serve de sentinela, para nós. Um Macaco morto, pode ser um alerta para o foco de transmissão de febre amarela ou outras doenças transmitidas pelo Aedes”, informou Suzana.
Suzana também lembra da importância do repasse de informação à secretaria de Saúde quando um macaco morto for encontrado, “Eles podem sinalizar a presença do vírus na região”, afirmou.
Susana ressalta que, por meio da notificação dos moradores, de que há um animal morto, existe a enorme suspeita de que a causa da morte seja a febre amarela. “Quanto antes os profissionais da saúde forem notificados, mais rápido poderão realizar os procedimentos necessários para conter a proliferação da doença”, concluiu.
Monitoramento – Desde o início deste ano, o município implantou o Sistema de Informação em Saúde Silvestre, SISS-Geo, uma ferramenta da Fiocruz que norteia as ações de prevenção e vigilância, auxiliando no monitoramento de doenças que acometem pessoas e animais.
Ainda assim, a vacina é a melhor proteção por ser gratuita e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). “A escolha pelo local fica por conta do morador que pode optar pelo posto mais próximo da sua residência”, afirmou a Chefe de Divisão de Vigilância Ambiental.
Sintomas – A febre amarela é uma doença de evolução rápida que apresenta quadro febril agudo de até sete dias de duração. Além disso, dor de cabeça intensa, dor abdominal e possível manifestação hemorrágica, estão entre os sintomas. Com alguns destes sinais, a recomendação da secretaria de Saúde é que a pessoa procure a unidade de saúde mais próxima para receber o atendimento médico.
De acordo com Suzana, Guarapuava está trabalhando com o Sistema de Informação de Agravo de Notificação, SINAN, uma rede de informações que tem como objetivo coletar e transmitir os dados levantados pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica. “Através da notificação da população, o mapeamento das arboviroses que estão circulando na região pode ser feito”, finalizou.
Aedes Aegypti e Arboviroses – O vetor da febre amarela também é o responsável pela transmissão das arboviroses, (dengue, zika e chikungunya). “O aedes é um mosquito urbano e grande parte dos criadouros estão dentro de casa. Os estudos apontam que 90% dos focos são criados nesses locais.”, contou a profissional.
Dentre todos os cuidados, Suzana enfatizou algumas ações básicas que podem ser tomadas pela população. Entre elas, estão a limpeza da calha, a cautela no armazenamento da água e a atenção aos vasos de plantas. Isso, por que eles se destacam como potenciais criadouros.
Denúncias – A população pode realizar a denúncia de possíveis criadouros do mosquito pelo telefone 156.