Conta da Sanepar será rosa em outubro

Durante o mês de outubro, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) vai mudar sua tradicional conta azul e distribuir cerca de 3 milhões de contas de água e esgoto impressas na cor rosa. Reavisos e outros comunicados também serão dessa cor, com o objetivo de lembrar a população sobre a importância da prevenção do câncer de mama.

O câncer de mama é o segundo que mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. No mês de outubro, em muitas cidades, ocorre a campanha Outubro Rosa, que busca incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. A Sanepar quer contribuir com essa mobilização e ajudar a mudar esse quadro, diz o presidente da Companhia, Mounir Chaowiche. A intenção da empresa é atingir 100% dos seus clientes. A conta traz a frase Outubro Rosa: previna-se contra o câncer de mama.
OUTUBRO ROSA

A mobilização do Outubro Rosa começou na década de 90, nos Estados Unidos, tendo como símbolo um laço rosa, e chegou a diversas partes do mundo. Existem diversos tipos de câncer de mama, mas a maioria tem chances de cura se descoberto no início e tratado adequadamente. A doença ocorre com a multiplicação anormal e desorganizada de células da mama, que formam um tumor. A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de 57.960 novos casos da doença em 2016.

Não existe apenas uma causa ou fator de risco para o aparecimento do câncer de mama, mas sabe-se que ele costuma aparecer após os 50 anos e é mais comum em mulheres – apenas 1% dos casos da doença ocorre em homens. A obesidade, o sedentarismo, consumo de álcool, exposição frequente a raios x, uso de contraceptivo, menstruação antes dos 12 anos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter tido filhos ou não amamentar também são questões relacionadas à doença. Histórico de câncer na família e reposição hormonal na menopausa também podem ser fatores ligados ao câncer de mama.

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Em 2025, Paraná já teve 2.553 casos de violência contra a mulher; ano passado foram 20.592 casos

Denunciar e trazer discussões sobre o tema contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema, diz especialista

Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o estado do Paraná já registrou em 2025 o total de 2.553 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.

O levantamento aponta que, desse número, apenas 362 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a ONDH para registrarem uma denúncia). Na capital Curitiba, foram 574 casos registrados nesses três primeiros meses do ano.

Em todo o ano passado, o estado paranaense contabilizou 20.592 casos de violações contra a mulher e 3.103 denúncias, sendo 5.054 casos só na capital paranaense.

A coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera de Arapongas, Ma. Juliana Aprygio Bertoncelo, ressalta que a divulgação desses dados impulsiona a conscientização sobre o tema e o ato de denunciar contribui para que medidas efetivas sejam feitas a fim de diminuir o problema.

“A relevância social dessa abordagem é muito alta, pois se trata de um tipo de crime que deve ser denunciado e combatido. Trazer essa temática para o debate social conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar. Além disso, é uma forma de as mulheres se sentirem acolhidas e apoiadas umas às outras”, avaliou a docente e advogada.

Por fim, a mestra em Direito dá dicas sobre como as mulheres podem pedir ajuda. Confira também os canais de denúncia:

  • Realizar a chamada ao 190 polícia e conversar como se estivesse realizando pedido de delivery, é uma forma muito útil de pedido de socorro, ao perigo eminente sofrido pela mulher;
  • Além disso, qualquer cidadão pode fazer denúncias através da Central de Atendimento à Mulher, pelo número telefônico 180. As delegacias especializadas não são direcionadas a tratar apenas destes tipos penais, permitindo um socorro de forma mais ampla;
  • As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) realizam ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal. Nas unidades, é possível solicitar medidas de proteção de urgência nos casos de violência doméstica contra mulheres.