29 dias de greve sem previsão de negociação

A greve dos bancários no Paraná, que teve início no dia 6 de setembro, completa quatro semanas (29 dias) nesta terça-feira (4) sem previsão de negociação. Em todo o estado, 75% das agências bancárias continuam fechadas, além de nove centros administrativos. A paralisação também abrange cinco financeiras.

A última proposta de negociação apresentada ao Comando Nacional dos Bancários, no dia 28 de setembro, e que foi recusada pela categoria, foi um reajuste de 7% nos salários e demais benefícios, mais abono de R$ 3,5 mil, além de 0,5% de aumento real para 2017.

Segundo o comando de greve, os trabalhadores rejeitaram a proposta por representar perdas aos trabalhadores. “Mesmo com um lucro de cerca de R$30 bilhões no primeiro semestre, os bancos não se dispuseram a repor sequer a inflação do período (9,62%)”.

A greve não prejudicou o atendimento nos caixas eletrônicos das agências, mas aumentou o atendimento nas casas lotéricas em mais de 40%, segundo o Sindicato dos Empresários Lotéricos do Paraná (Sinlopar).

A greve já é mais longa do que a realizada pelos bancários no ano passado, que durou 21 dias. Segundo a Contraf-CUT, a greve mais longa da categoria na história foi em 1951 e durou 69 dias. Nos últimos anos, a mais longa foi a de 2004, com 30 dias.

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Confiança do comércio paranaense segue em queda pelo terceiro mês

Avaliação das condições atuais da economia motiva recuo de 5,1% no indicador em março

A confiança do empresário do comércio paranaense caiu pelo terceiro mês consecutivo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), baixou para 96,6 pontos, uma redução de 5,1% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2024 houve uma diminuição de 7,1%.

A média brasileira do ICEC também registrou queda de 2,6% em março, alcançando 99,2 pontos, o menor nível desde junho de 2021, revelando o pessimismo dos empresários pela primeira vez em quatro anos.

O fator que mais tem impactado a opinião dos empresários paranaenses são as Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), que marcam apenas 70,2 pontos neste mês, com uma retração de 8,0% na variação mensal. As Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) apresentaram baixa de 4,7% em relação a fevereiro, mas ainda estão acima da margem de 100 pontos, com 121,4 pontos, o que configura uma posição satisfatória.

Diante do cenário atual, os empresários podem considerar diminuir os investimentos. O fator Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) ficou em 98,2 pontos, mostrando uma redução de 3,2%.

Análise por porte empresarial

Os micro e pequenos empresários do Paraná são os menos confiantes, registrando uma queda de 5,1% no indicador de março. Com isso, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) recuou para 96,4 pontos, entrando na zona de insatisfação. O principal fator que contribuiu para essa retração foi a percepção sobre a situação atual (ICAEC), que apresentou contração de 7,9%, refletindo maior preocupação desse segmento empresarial.

Já entre os dirigentes de médias e grandes empresas do comércio, o índice segue no patamar positivo, com 106,6 pontos, apesar de uma queda de 3,6% em relação a fevereiro. Esse recuo é impulsionado, sobretudo, pelo aumento da incerteza quanto às condições atuais da economia e do comércio. O componente Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi o mais impactado, registrando uma expressiva retração de 10,2% na variação mensal.

Fonte: Fecomércio-PR