Após pedir ajuda à população para combater o mosquito Aedes aegypti, a presidenta Dilma Rousseff convocou ontem (21) os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Integração Nacional, Gilberto Occhi, para fazer um balanço das ações e traçar os próximos passos no enfrentamento ao mosquito, que transmite o vírus Zika, responsável pelo aumento dos casos de microcefalia no país.
A reunião, que não constava na agenda de Dilma, começou por volta de 17h30, no Palácio da Alvorada, e durou cerca de duas horas.
Também participaram os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner; da Defesa, Aldo Rebelo; da Educação, Aloizio Mercadante; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; e da Justiça, José Eduardo Cardozo; além do secretário nacional da Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, e de técnicos do governo.
Diante do surto de casos de microcefalia, especialmente no Nordeste, o governo criou, em novembro de 2015, um grupo de trabalho interministerial para tratar das parcerias com estados e municípios no combate ao Aedes aegypti, que também é transmissor da dengue e da chinkungunya.
Quarta (20), o Ministério da Saúde ja havia divulgado o novo boletim epidemiológico sobre a microcefalia. Até agora, foram registrados 3.893 casos suspeitos de microcefalia ligados ao vírus Zika, registrados em 764 municípios de 21 unidades da federação.
A Região Nordeste lidera o número de casos, concentrando aproximadamente 90% das notificações, seguida do Sudeste (6%) e Centro-Oeste (4%). Pernambuco, com 1.306 casos suspeitos (33% do total), é o estado com o maior número de registros. Em seguida, estão a Paraíba, com 665 casos; a Bahia, com 496; e o Ceará, com 216. O Rio Grande do Norte tem 188 casos.