O governador Beto Richa afirmou nesta quarta-feira (30/09), durante reunião com a equipe de secretários e dirigentes de empresas estatais, que o Paraná pode se transformar em exemplo em administração pública para os demais estados brasileiros.
Segundo Richa, para chegar a um novo modelo de administração o governo estuda uma parceria com a Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, para a elaboração de um planejamento estratégico para o Estado. O trabalho, com visão de médio e longo prazo, terá a participação de todos os segmentos da sociedade.
Temos condições de fazer no Paraná a primeira experiência deste nível no Brasil, e criar um novo modelo de gestão que pode ser aplicado também em outros estados, afirmou o governador. Nossa intenção é fazer um plano estratégico baseado na eficiência da gestão, explicou o secretário de Planejamento e Coordenação Geral, Silvio Barros, que lidera o projeto.
O secretário afirmou que o momento econômico expôs as dificuldades administrativas enfrentadas em todas as esferas do poder público, e que é o momento de repensar o atual sistema de gestão para que a máquina pública atenda às necessidades da sociedade. Temos que fazer o Estado entregar à população o que ela precisa, com qualidade e eficiência, disse.
CURIOSIDADE
O governador Beto Richa destacou, ainda, que hoje o Paraná já atrai a curiosidade de analistas econômicos e outros gestores públicos em razão das medidas adotadas para reduzir os impactos da retração da economia no País. Estamos prontos para enfrentar a crise. Enquanto a maioria dos Estados freia investimentos, estamos acelerando fundo, disse Richa. Querem saber qual é a receita.
Richa afirmou que até o final do ano o ajuste fiscal estará concluído e que em 2016 o governo vai investir R$ 6,8 bilhões em obras e programas. Deste total, 54% serão investimentos com recursos do Tesouro do Estado e o restante das empresas estatais. Acho que todo o desgaste valeu a pena. Em 2016 é vida nova. Vamos investir em todas as áreas, destacou o governador.
O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, alertou que o governo ainda tem um passivo de R$ 1 bilhão a ser pago, mas que a redução de despesas está produzindo superávits que permitirão zerar as dívidas de exercícios anteriores até o final do ano. Todos tiveram que fazer um enorme sacrifício para se adequar à realidade econômica, disse.
Costa apresentou dados que mostram que a queda real das despesas, até agosto, chega a 10%, sobre os primeiros oito meses do ano passado. As receitas subiram 6% em termos reais no mesmo período.
ORÇAMENTO
As medidas adotadas nos permitem fazer uma proposta orçamentária diferente da maioria dos demais Estados brasileiros, que não terão recursos para investir, explicou o secretário da Fazenda.
A lei orçamentária de 2016 foi entregue nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa e prevê um orçamento de R$ 54,5 bilhões para o ano que vem, somados os recursos do tesouro e das empresas estatais. A maior despesa seguirá sendo com a folha de pagamento dos servidores, que deverá alcançar R$ 21,1 bilhões no próximo exercício.
Ao detalhar quais a áreas terão maior aporte de recursos, Mauro Ricardo destacou os investimentos de R$ 1,6 bilhão para a modernização, adequação e recuperação da malha viária estadual.
INTERCÂMBIO
Durante a reunião, a vice-governadora Cida Borghetti e o presidente da Agência Paraná Desenvolvimento, Adalberto Netto, fizeram um relato da viagem à Rússia, que abriu a possibilidade do Paraná atrair investimentos nas áreas de medicamentos e aviação.
O secretário especial de Assuntos Estratégicos, Flávio Arns, reforçou a necessidade do governo ter uma estrutura organizada para o intercâmbio de informações com os outros Países, ressaltando o potencial do Paraná em atrair novos investimentos produtivos.
Além de secretários de Estado, a reunião contou com as presenças do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano, e do líder do governo no legislativo estadual, deputado Luiz Claudio Romanelli.
- (Material distribuído pela Agência Estadual de Notícias)