Levy está forçando a barra

Não passam mais quinze dias e o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é carta fora do baralho do atual governo. Desde o início considerado um pássaro fora do ninho no núcleo petista, Levy, que já conviveu com ministros do PSBD, PMDB e PT quando era apenas um subalterno no Banco Central, sofre agora com os olhos de águia de quem o quer longe do Ministério.

Aqui, de longe, é difícil – mas não impossível – localizar de onde vem o ódio à pessoa de Levy. Alguns sinais são tão evidentes que parecem saltas aos olhos de quem vê à distância, imagina de quem está por perto.

Alguns bigodes não tão aparelhados, mas também na mira da Operação Lava Jato, parece ser a liderança que busca manter o seu cargo e defenestrar Levy. É bem verdade que o ministro da fala presa não parece ter compreendido o que está fazendo no cargo.

Agrediu a todos nós quando afirmou que todos estariam dispostos a pagar mais impostos fazendo um sacrifício pelo país. Nem Levy nem qualquer pessoa de sã consciência que já pisou no Ministério do Planejamento parece ter compreendido a realidade brasileira.

Estamos sufocados, gente. Empresários e cidadãos. Não será aumentando impostos que vamos sair do buraco. Pelo contrário. Mas também não será facilitando as coisas para apenas alguns segmentos da economia.

O que o Brasil precisa é de uma reforma econômica. Fazer todos pagar, mas pagar menos. Aumentar o bolo pela quantidade e não pelo aumento de impostos puro e simples. Resolver essa questão nunca foi puro e simples, mas está na cara que não é arrochando ainda mais o setor produtivo.

Alguns setores da economia já dão como certa a saída do Ministro. Ele está criticando demais seus pares – principalmente o seu desafeto direto, o ministro do Planejamento – e isso pode inviabilizar sua permanência na esplanada.

Ficar focado apenas no ajuste e não em outras alternativas para melhorar a Economia (cortar custos ainda mais, por exemplo) pode ser fazer com que o discípulo de Pedro Malan fique mal na fotografia, e nem consiga mais sair nela.

(Análise: João Alceu/Editor)

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Inadimplência no Paraná diminui e sinaliza fôlego para o comércio

Com menos contas em atraso, o consumidor volta a comprar e o empresário ganha espaço para vender com menos risco

No mês de março, os consumidores do Paraná diminuíram suas dívidas. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Fecomércio PR, o estado registrou o menor nível de devedores desde o início da série histórica, em 2010. O índice caiu de 12,1% de fevereiro para 11,8% em março, revelando um cenário mais positivo para a economia paranaense.

A pesquisa também comparou a média nacional de inadimplência com a média do Paraná. Enquanto o Brasil apresentou 28,6% de famílias com contas em atraso, o Paraná se destacou com apenas 11,8%. Isso significa que o mês foi especialmente positivo para o empresário paranaense, que passa a lidar com um consumidor mais confiante, com maior capacidade de compra e menor risco de inadimplência.

Além disso, os dados mostram uma queda de 2,4 pontos percentuais no número de famílias endividadas em relação ao mesmo período do ano passado. Em março de 2024, o índice era de 90,5%; neste ano, caiu para 88,1%.

Vantagens para o comércio

Essa redução indica uma tendência de maior equilíbrio financeiro das famílias, o que pode refletir diretamente no comércio local. Esse contexto cria oportunidades para o fortalecimento das vendas, concessão de crédito com mais segurança e fidelização dos clientes.

Tipos de dívidas

Entre as formas de pagamento que mais geram compromissos financeiros no Paraná, o uso do cartão de crédito lidera de forma expressiva, sendo responsável por 92,3% dos casos. Logo depois, aparecem as aquisições parceladas de veículos, que respondem por 5,3%, e os contratos de financiamento habitacional, com 4,6%. Os carnês representam 2,8% e o crédito consignado e o crédito pessoal juntos totalizam 0,6%.

 

Para os associados da ACIG, esse cenário representa uma oportunidade de recuperar o fôlego das vendas, investir em campanhas promocionais e ampliar estratégias de crédito de forma mais segura. Manter-se informado sobre o comportamento de consumo é essencial para tomar decisões mais assertivas e fortalecer os negócios em tempos de recuperação econômica.

Com informações da Acig