Robô Lili: paranaenses desenvolvem soluções para desinfecção de ambientes
Foi o início da pandemia e a necessidade de suprir a carência por equipamentos de proteção para os trabalhadores da saúde, no Brasil, que motivou um grupo de profissionais – que já atuava há mais de duas décadas no desenvolvimento de soluções em tecnologia e robótica – a desenvolver uma ação conjunta.
“Criamos a Piá Tech para produzir, de maneira voluntária, unidades de face shields para serem entregues a agentes de saúde e a hospitais. O que começou para ser uma encomenda de mil unidades se tornou uma entrega de 60 mil peças para mais de 100 hospitais de todo o Brasil”, contou Daniel Delfino, engenheiro mecânico e diretor comercial e financeiro da empresa paranaense Piá Tech.
Lili Robô – Diversas universidades, no mundo todo, estão desenvolvendo pesquisas para ampliação do uso da luz UV-C para inativação de vírus. Foi aí que surgiu a Robô Lili, nome em homenagem à avó da esposa de um dos sócios da empresa, a vó Lili, que faleceu de Covid-19, em maio de 2020. A Robô Lili alia o uso da luz UV-C a um produto e está estruturada com um conjunto de luzes que trabalham com potência ideal para desativar vírus, fungos e bactérias de ambientes. Totalmente autônoma e operada por meio de aplicativo, a robô detecta a presença humana e paralisa a operação para não causar danos à pele e aos olhos.
“Nosso grande diferencial é o design, criado pelo arquiteto Felipe Guerra, que faz com que tenhamos resultados importantíssimos em mesas, bancadas e regiões altas. Além disso, a Robô Lili não faz uso de produtos químicos de limpeza, promove uma desinfecção rápida. Para uma sala, por exemplo, de 20m2 são necessários apenas cinco minutos de exposição à robô para uma completa desinfecção do ambiente”, relatou Delfino.
Usos e Produtos – Inicialmente pensada para ser uma solução segura para o ambiente hospitalar, a Robô Lili pode ser utilizada em diferentes setores, como hotéis, escritórios, restaurantes, salões de beleza, supermercados, transportes coletivos, academias, zonas eleitorais, escolas, cinemas.
A luz UV-C apresenta-se como uma solução não apenas para um período pandêmico, mas proporciona segurança microbiológica para indistintos períodos. “Sempre teremos mutações de vírus, bactérias. Sempre haverá alguma infecção, mas a luz UV-C pode reduzi-los drasticamente”, defendeu Delfino.
Da redação/com assessoria