A ação foi sequência de outra, realizada há cerca de quatro meses, para apreender marginais integrantes de uma gangue que atua no bairro de Guarapuava. Pelo menos 89 policiais tanto da civil quanto militares de Guarapuava, Candói, Entre Rios, Reserva do Iguaçu, Palmeirinha e Guará participaram da operação.
O Capitão PM Cubas, o Major PM João Lins e a delegada Tany Razera, da Delegacia da Mulher, explicaram o andamento da operação em coletiva da imprensa. No total, são 27 mandados de busca e apreensão e continuam sendo cumpridos durante todo o dia.
“A inteligência da polícia detectou a presença das gangues no Xarquinho e desencadeamos essa operação”, explicou Cubas. O Major João Luiz falou da presença de menores nesses grupos e da rivalidade entre o Xarquinho e o Primavera. “Há um conflito entre os grupos dos dois bairros”, acentuou.
A delegada Tany Razera salientou a apreensão das armas, quase sempre “alugadas”. “Essas armas não pertencem a quem pratica o crime. Elas são 'passadas para a frente' sempre, dificultando o trabalho da polícia, que precisa materializar a arma como prova do crime”, disse ela.
A presença de munição na residência de algumas pessoas apreendidas na operação comprova que a arma é utilizada e passada para a frente. “Precisamos agir rápido para prender um criminoso ainda com a arma, que é prova do crime. Qualquer demora e ela vai embora. Confissão ou depoimento podem ser desmentidos depois e acabamos sem ter a prova para manter um criminoso na cadeia”, ressalta a delegada.
A operação prossegue durante todo o final de semana, até que todos os mandados de busca e apreensão sejam cumpridos.