Covid: cientistas que desenvolverem vacina podem ganhar prêmio

Cientistas e pesquisadores de todo o mundo se debruçam em estudos para achar a vacina do novo coronavírus. Sabendo dos esforços destes profissionais, o deputado federal Aliel Machado (PSB-PR) apresentou na Câmara o Projeto de Lei nº 3873/20 que institui uma premiação aos brasileiros pesquisadores e cientistas que desenvolverem ou participarem diretamente do desenvolvimento da primeira vacina ou medicamento para o tratamento do coronavírus.

De acordo com Aliel, considerando a necessidade de enfrentamento da grave situação devido à pandemia, é inquestionável a importância de ações por parte do Poder Público para incentivar a pesquisa acadêmica “que efetiva mecanismos de controle e revisão para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos, expurgando as falsas esperanças e a desinformação”. Para Aliel, o prêmio individual normalmente não é a melhor maneira de estimular as pesquisas de ensino superior, mas o cenário de desincentivo à educação pública é tão desolador que a iniciativa se torna adequada para o momento. “Será o reconhecimento mais do que devido aos pesquisadores e cientistas brasileiros da categoria”, acrescentou.

A premiação, intitulada “Mérito Carlos Chagas” será em dinheiro e deverá preencher os seguintes requisitos: a validade da pesquisa e a efetividade da vacina ou medicamento deverão ser chanceladas pela Organização Mundial de Saúde (OMS); será destinado a brasileiros envolvidos na pesquisa, mesmo que em instituição estrangeira; e a participação tem que se dar por no mínimo seis meses. Os valores variam entre R$ 150 mil ao pesquisador chefe e R$ 250 mil a serem divididos entre os demais colaboradores e pesquisadores, em cotas iguais.

Aliel Machado explicou, na justificativa do PL, que escolheu a figura de Carlos Chagas para o nome da premiação para homenagear a sua história na infectologia brasileira. Carlos Chagas foi biólogo, médico, sanitarista, infectologista, cientistas e bacteriologista brasileiro que, em seu trabalho como clínico e pesquisador, descreveu completamente uma doença infecciosa: o patógeno, os vetos, os hospedeiros, as manifestações clínicas e a epidemiologia que, segundo o deputado, foi um acontecimento único na história da ciência médica.

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Dr. Antenor comemora emenda de Gleisi Hoffmann e chegada de dois novos veículos para Patrulha Maria da Penha

Levantamento mostra que Guarapuava figura entre as cidades mais perigosas do Paraná para mulheres

Guarapuava figura entre as cidades mais perigosas do Paraná para mulheres. É o que revela um levantamento da consultoria socioambiental Tewá, que avaliou 319 municípios brasileiros — 22 deles no Paraná — com base em cinco indicadores de desigualdade de gênero. A cidade ocupa a 70ª posição no ranking nacional e o terceiro pior lugar entre os municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes. Os dados revelam uma dura realidade: altas taxas de feminicídio, desigualdade salarial, baixa presença feminina na política e precariedade no acesso a oportunidades.

Diante desse cenário, a cidade acaba de receber um importante reforço nos serviços de proteção à mulher: dois veículos e equipamentos de tecnologia para fortalecer a Patrulha Maria da Penha e o trabalho das forças de segurança. A conquista só foi possível graças a uma emenda parlamentar da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, à época deputada federal, atendendo a um pedido do deputado estadual Dr. Antenor e da Bancada do PT.

“Esses veículos, esses equipamentos, são muito mais do que instrumentos de trabalho: são ferramentas para salvar vidas. E isso só foi possível graças à sensibilidade e ao compromisso da nossa companheira ministra Gleisi Hoffmann”, afirmou Dr. Antenor.

Equipamentos entregues

Um dos kits foi destinado à Delegacia da Mulher e é composto por uma camioneta 4×4, um notebook e uma gaveta de disco rígido. O outro, entregue à Polícia Militar, também conta com uma camioneta 4×4, dois notebooks e três gavetas de disco rígido — equipamentos essenciais para o trabalho de inteligência e resposta imediata às ocorrências de violência doméstica.

“A nossa ministra, companheira Gleisi Hoffmann, garantiu esses recursos para estruturar o serviço de proteção às mulheres. Isso é fundamental para dar uma resposta rápida à violência doméstica, que infelizmente ainda é uma realidade cotidiana em nossa cidade e em todo o país”, destacou o deputado.

Desigualdade de gênero no Paraná é estrutural

A cidade de Guarapuava, assim como outras do estado, enfrenta grandes desafios para garantir a igualdade de gênero. No mesmo estudo, Ponta Grossa aparece como a 10ª pior cidade do Brasil para mulheres, enquanto Paranaguá lidera negativamente o ranking nacional. A ausência de políticas públicas eficientes e a histórica negligência nas áreas de segurança e proteção contribuem para esse cenário.

Para Dr. Antenor, os investimentos são um passo necessário, mas ainda há muito a ser feito. “Estamos falando da vida de mães, filhas, companheiras. E cada passo que damos para protegê-las é um avanço civilizatório. O povo de Guarapuava e da nossa região tem muito a agradecer à ministra Gleisi, mulher, companheira e liderança que entende a urgência dessa causa. É um momento de gratidão e de renovação do nosso compromisso com a vida das mulheres”, disse.

A iniciativa fortalece a atuação da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres e busca ampliar a rede de enfrentamento à violência, que ainda enfrenta entraves estruturais e orçamentários. Com os novos equipamentos, a expectativa é de maior agilidade no atendimento às vítimas e na fiscalização de medidas protetivas.

“A luta das mulheres por respeito, dignidade e segurança não pode ser adiada. E o que estamos fazendo aqui é dizendo, em alto e bom som: essa luta é de todos e todas nós”, concluiu Dr. Antenor.