Adoção

Temáticas relacionadas à adoção vêm tomando espaço nos debates sociais e o número de pessoas interessadas em ter um filho pela via da adoção cresce a cada ano pelos mais variados motivos.

Este tema ainda hoje é rodeado de preconceitos, mitos e ideologias. Ainda vale dizer que as razões pelas quais se deseja adotar uma criança variam em cada tempo de acordo com o contexto em que se inserem.

Atualmente a adoção é tratada como uma das possibilidades de constituição familiar, na qual uma pessoa assume uma criança ou adolescente como filho, sendo que este nasceu em outra família, mas tem os mesmos direitos dos filhos biológicos, além do direito de viver em família e construir novos vínculos socioafetivos.

Nos dias de hoje, qualquer perfil pode vir a ser candidato à adoção, mas ainda essa temática é vista por muitos, como algo amedrontador, sendo assim, políticas públicas voltadas a esse público deveriam ser realizadas, esclarecendo a sociedade sobre o assunto, demandando então maior atenção diante tal tema.

Outro aspecto importante se dá quando se fala sobre o medo dos pais em adotar, é o medo que a criança ou os pretendentes não se adaptem a nova estrutura familiar, ou que a criança venha com “problemas”, como doenças, ou traumas relacionados à vivência anterior, mas hoje quando se adota alguém, se acolhe também a sua história de vida, inclusive as marcas deixadas por sua contínua exposição a situações de risco.

Esse medo é um dos motivos que impedem muitos indivíduos de procurar o recurso da adoção quando querem ter filhos. Torna-se também necessário ser levado em conta outra dificuldade quando o assunto é adoção: O desejo dos pretendentes de adotarem crianças ainda muito pequenas.

Isso faz com que as casas de acolhimento estejam sempre cheias de crianças maiores, sem uma família, enquanto as listas de espera para adotar também se encontra cheia de pais que desejam filhos, devido ao fato de, na maioria das vezes, somente os bebês serem procurados.

O que se dá talvez devido ao medo dos pais de serem abandonados, pois é comum os pais adotivos sustentarem a fantasia de que serão deixados, devido ao desejo dos filhos adotivos irem em busca dos pais biológicos.

Portanto, ainda apesar de não ser consolidado está se construindo a importância da criança como sujeito e a reinserção destas, em famílias. Não se trata de desconsiderar o desejo dos pais, mas de privilegiar a criança de crescer em um seio familiar como um sujeito em determinada sociedade.

Deixe um comentário