Aquele algo a mais

No último sábado (8), pelo canal SporTV, a torcida do Poker/Guarapuava Garden Shopping/Óleo Leve assistiu a despedida da equipe guarapuavana da Liga Futsal. Um misto de emoções tomou conta dos torcedores após a derrota por 6×0 para a Intelli-SP. Por um lado, uma goleada sempre é amarga. Mas, se levar em consideração que a derrota foi para o atual bicampeão nacional e que este é o segundo ano de Guarapuava na competição, chegar entre os oito melhores (dentro dos objetivos traçados no começo do ano) é uma colocação honrosa.

Agora resta fazer o melhor possível no Campeonato Paranaense. Aí sim, a equipe de Guarapuava tem chances reais de alcançar o título. Este é o segundo objetivo da temporada e considerado o mais importante do planejamento de 2014. Neste sábado, dia 15, a equipe vai até Umuarama para iniciar a disputa da semifinal, decidindo o playoff em Guarapuava, na semana que vem.

Mas voltando à Liga Futsal, que acabou para os três representantes paranaenses (já que Copagril e Umuarama não passaram da segunda fase), fica claro que o estado do Paraná ainda tem muito que evoluir para poder brigar pelo título. Temos bons times, que até fazem frente aos 'grandes', em determinados jogos. Mas na hora da decisão, as equipes paulistas e catarinense seguem em vantagem.

Tanto que o único paranaense que chegou à final da Liga foi a Copagril, em 2009. De lá para cá, a expectativa era de que o salonimo paranaense se fortalecesse em âmbito nacional, mas o nível continuou muito parecido, com boas equipes, mas sem aquele 'algo a mais' que poderia levar o estado ao título nacional.

É difícil identificar quel seria este diferencial, mas na Liga Paulista, por exemplo, existem ações muito mais agressivas para a divulgação do campeonato, coisa que não acontece na Chave Ouro. Os principais canais de TV por assinatura transmitem a competição paulista, mesmo com várias pessoas (até mesmo do estado de SP) reconhecendo que nosso campeonato é muito mais difícil, equilibrado e leva mais público aos ginásios.

Uma exposição maior de mídia, no PR, poderia representar um investimento maior aos clubes. Com maior receita, poderia ser mais fácil trazer os grandes craques que, por um motivo ou outro, preferem jogar em SP ou SC. Além disso, com contratos melhores, seria possível 'segurar' os principais atletas, que depois de 'explodirem' no PR procuram outros estados.

Outra medida fundamental para o estado crescer na Liga Futsal, seria clubes e patrocinadores adquirirem franquias próprias na Liga Futsal. Este movimento já começou com a empresa Jaclani, de Marechal Cândido Rondon, adquirindo a franquia que era da Unisul-SC.

Enfim, pela força do futsal no estado, o Paraná merecia ter uma força bem maior na Liga Futsal. Espero que o time de Guarapuava seja uma peça importante para este crescimento. É necessário que, ano a ano, o projeto do CAD se fortaleça para que, em um futuro próximo, possamos jogar em igualdade de condições com as grandes equipes do futsal brasileiro.

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