O primeiro semestre, deste ano, registrou 450.301 multas em todo o Estado para motoristas que dirigiram acima da velocidade permitida.
O Código Brasileiro de Trânsito (CTB) prevê este tipo de infração no art. 218 em três incisos. Somadas, as três possibilidades representam 31% de todas as infrações cometidas no Paraná nos primeiros seis meses deste ano.
Dirigir acima do limite de velocidade ainda aparece no topo da lista entre as infrações mais cometidas por motoristas paranaenses. Nesta terça-feira (9) é comemorado o Dia da Velocidade e o Departamento de Trânsito do Paraná alerta os motoristas sobre os perigos e consequências de ultrapassar os limites estabelecidos em vias públicas.
No primeiro semestre deste ano, 450.301 multas foram emitidas em todo o Estado para motoristas que dirigiram acima da velocidade permitida. O Código Brasileiro de Trânsito (CTB) prevê este tipo de infração no art. 218 em três incisos. Somadas, as três possibilidades representam 31% de todas as infrações cometidas no Paraná nos primeiros seis meses deste ano.
O CTB trata do motorista que dirige a 72km/h numa via em que a velocidade permitida é 60 km/h, até aquele que dirige com o mais que o dobro da velocidade indicada. O problema é que nos dois casos, com agravantes diferentes, o tempo de resposta do condutor é reduzido. Cerca de um terço dos acidentes poderiam ser evitados se o motorista respeitasse o limite, explica o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
A situação que ocorre com maior frequência é transitar com a velocidade superior à máxima em até 20%. A infração representa 25% do total e aparece como recordista entre todas as outras, com mais do que o dobro de autos de infração do que a segunda da lista.
A segunda mais recorrente entre os paranaenses é transitar com a velocidade superior à máxima em mais de 20% até 50% (considerada grave, com 5 pontos na CNH e multa de R$ 127,69).
A terceira possibilidade – que gera suspensão direta da Carteira Nacional de Habilitação – é transitar com a velocidade superior à máxima em mais de 50% (considerada gravíssima, com 7 pontos na CNH e multa de R$ 191,54). No primeiro semestre deste ano 4.651 motoristas tiveram a habilitação suspensa no estado devido a esta situação.
CAPITAL
Os dados apresentados em Curitiba são semelhantes aos do Estado. Transitar com velocidade superior à máxima em até 20% somam 121.940 autos de infração emitidos nos primeiros seis meses de 2014 e representam 24% do total. Juntas, as três situações de infração por excesso de velocidade chegam a 27% do total.
ACIDENTES
Quanto maior a velocidade maior será o tempo de reação do condutor. A percepção de reação varia entre os motoristas de acordo com a idade e varia entre 0,75s a 0,95. Em uma situação a 100 km/h, com uma motocicleta, o tempo de reação chegaria a 14 m até ao acionamento dos freios.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados no Manual de Segurança para Pedestres, revelam que as probabilidades de uma pessoa sobreviver a um atropelamento se tornam ligeiramente mais baixas a partir de um impacto a 50 km/h.
De acordo com o estudo, um aumento de 5% na velocidade média leva a um aumento de cerca de 10% nas colisões com lesões e de 20% nas colisões fatais.
A OMS chegou à uma fórmula que relaciona risco de acidentes e de mortes ao aumento da velocidade. Pela equação, quando se ultrapassa em apenas 1% o limite de velocidade em uma via, os riscos médios já sobem 3% e o perigo de morte cresce até 5%, conta o coordenador de educação para o trânsito do Detran, Juan Ramon Sotto Franco.
De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), pneus gastos ou mal calibrados tem menor aderência ao solo e podem ocasionar derrapagem em uma situação de frenagem.
O ideal é realizar a calibragem a cada 15 dias e de preferência com os pneus ainda frios – com o veículo parado há pelo menos uma hora ou sem que tenha rodado mais do que três quilômetros.
Os motociclistas, em asfalto plano e seco, devem usar o freio dianteiro e traseiro ao mesmo tempo. Ao usar apenas o freio traseiro a distância de frenagem pode triplicar.